Um Tesouro Esquecido em Lisboa
Ontem fiz o elogio à Tapada das Necessidades, para hoje deixei as coisas menos boas. Se o grande relvado, e os vários caminhos e espaços verdes da tapada se encontram bem cuidados, o mesmo não se pode dizer do seu património histórico. O atelier de pintura da Rainha D. Amélia, conhecido como Casa do Regalo, parece ter sido recuperado recentemente, e isso é um bom sinal, mas é quase caso único (apesar da estátua decapitada à entrada).
A estufa impressiona à primeira vista, mas um olhar mais atento revela vários vidros partidos. Existem muros com enormes fendas, sujos com graffittis e a precisar de pinturas. Podem-se ver, em vários sítos, vasos de pedra partidos ou desmontados no chão, e fontes que em vez de água têm folhas e pedras.
Existe ainda um antigo Jardim Zoológico, que nem tinha mencionado ontem. Mandado contruir por D. Fernando II, para os princípes D. Luís e D. Pedro, é classificado, pela Câmara de Lisboa, como Imóvel de Interesse Público, mas encontra-se num estado de conservação que deixa muito a desejar.
São seis pequenos edifícios, rodeados por gradeamentos de ferro, outora ocupados por aves raras, macacos e outros animais. Segundo notícias de 2011 o espaço ia ser recuperado brevemente, dando origem a um restaurante e um pequeno espaço de exposição sobre a rica história da Tapada das Necessidades. No entanto, até agora, só a vegetação parece ter tomando conta daquele lugar.