Bom 2017!
Achei que a melhor maneira de encerrar este ano, era voltar a publicar este vídeo. De tudo o que partilhei aqui em 2016, foi este o meu preferido
Obrigado por acompanharem as minhas viagens fotográficas. Para o ano, cá nos encontramos!
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Achei que a melhor maneira de encerrar este ano, era voltar a publicar este vídeo. De tudo o que partilhei aqui em 2016, foi este o meu preferido
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O nascer do Sol em Almada, num timelapse feito no telemóvel.
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Este post é o segundo de uma série dedicada à minha viagem à Argentina, no ano passado. Tal como os próximos, este será dedicado a Buenos Aires, mas a viagem levar-nos-á ao glaciar Perito Moreno, a El Chaltén, meca do montanhismo, a Ushuaia, a cidade mais a sul do mundo, e numa visita às baleias e pinguins, em Punta Tombo. O vídeo que fiz desta aventura, e que mostra tudo isto, pode ser visto aqui.
Buenos Aires, ao ritmo do Tango
Na primeira noite em Buenos Aires, fomos a um Boliche, uma espécie de bar, em que tocam música ao vivo. Disseram-nos que lá poderíamos ver Tango, e na nossa ignorância assumimos que seria a famosa dança argentina. Mas não. Afinal o Tango é também um estilo musical. Amadores e entusiastas enchem estes bares, só para ouvir ou também para cantar. Não era o que estava à espera, mas foi uma experiência muito engraçada.
À saída, e ao perceber que falávamos português, um homem que fumava cá fora chamou-nos. Era um grande admirador de Fado, e pelos vistos o maior fã de Mísia à face da terra... O pobre homem bem que insistiu que eu partilhasse todos os detalhes que sabia sobre a fadista. Infelizmente não sei nenhuns, ainda mais quando ele já me parecia ser uma grande autoridade na matéria. Facto que o deixou muito desconfiado. Acho que ele não conseguiu conceber que um português soubesse tão pouco do assunto, e assumiu que era má vontade da nossa parte. Depois de muita insistência, lá nos deixou ir embora, meio consternado.
No dia seguinte, fomos ao bairro de San Telmo, um dos mais vibrantes da cidade. Lá, disseram-nos, encontraríamos uma praça com esplanadas, onde poderíamos almoçar, enquanto se dançava o Tango.
Depois de uma volta pelo bairro, com muita vida, cheio de antiquários, cafés e pequenas pensões, chegámos à prometida Plaza Dorrego. Já eram horas de almoço, e enquanto os dançarinos se preparavam, pedimos uma espectacular parrillada ("parixada", como se diz em "argentino"). Tudo coisas saudáveis, como se pode ver.
E de repente, começa a música. E como fotos não são suficientes para apreciar a sensualidade desta dança, ficam também com um vídeo dessa tarde. Silêncio, senhores, que se vai dançar o Tango!
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O Sol punha-se às 17:25 no Domingo. Sensivelmente um minuto antes que no dia anterior. À volta de um minuto depois do que se iria pôr no dia seguinte. Saí de casa atrasado. Tinha ido correr e demorei mais do que tinha antecipado.
Fiz a A5 ao ritmo a que o Sol descia no horizonte. Passei pelo Guincho, e invejei os surfistas - o tempo deles era o das ondas. Estacionei perto do Cabo Raso, eram 17:15. Não foi o ideal, o Sol já preparava o seu mergulho, e eu ainda tinha de encontrar o sítio para fotografar. E afinal o sítio era óbvio. Tinha de ser "ali", onde as rochas criam uma pequena enseada, à frente do Farol. Tão óbvio, aliás, que já alguém tinha tido a mesma ideia. Outro fotógrafo, que tinha medido melhor o seu tempo.
Um pobre pescador, insatisfeito pela súbita competição pelo pouco espaço disponível, fez cara de poucos amigos. Retirou-se, resignado. Mudou-se para as rochas mesmo em frente. No sítio ideal, no tempo perfeito. O figurante que precisava para a minha história.
E o resultado de tudo isto? Já puderam ver no meu último post, em que publiquei algumas das minhas fotos preferidas desse dia.
Eu fui uma das pessoas que teve a brilhante ideia de visitar o MAAT (Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia), na sua inauguração, dia 5 de Outubro. No meio de filas intermináveis, caos no trânsito e interdições de pontes pedonais, fiquei com a vaga ideia que realmente havia ali um edifício. Mas nesse dia, o MAAT não era forrado com painéis de cerâmica. Todo ele era pessoas. E não fiquei inteiramente convencido da sua existência.
Este Sábado decidi voltar. Nem fui muito cedo - queria fotografar os reflexos do Sol no revestimento do edifício - por isso quando lá cheguei, os "fotógrafos a sério", armados com os seus tripés, já estavam a ir embora.
O que salta logo à vista, é como o edifício, desenhado por Amanda Levete, é um exemplo de integração de uma arquitectura moderna e arrojada numa zona histórica tão emblemática como Belém (ainda por cima quando basta olhar para o outro lado da linha de comboio, para o Museu Nacional dos Coches, para ver exactamente o oposto). O facto de parte do edifício se encontrar debaixo do chão, e de a própria cobertura servir como uma espécie de nova praça e miradouro sobre o Tejo, torna a sua presença naquele espaço tão natural quanto a fluidez das suas linhas.
E lá andava eu, maravilhado, com a elegância do MAAT, e com a maneira como a luz do Sol reflete nos painéis de cerâmica, quando... deixa de haver Sol. E começa a chover torrencialmente...
Mas à chuva também se fazem boas fotos, e até acabei por tirar das minhas preferidas dos últimos tempos (algumas das quais ficarão para outro post, porque não têm muito a ver com o MAAT).
Muita gente continuava a fazer a sua corrida matinal, sem se preocupar com o dilúvio repentino, outras pessoas abrigaram-se junto à entrada do edifício. Até me deu jeito, mais "figurantes" para as minhas fotos! Especialmente o guia turístico que, de guarda chuva em punho ia testando as condições atmosféricas.
Aproveitei uma pausa na intempérie, para tentar voltar para casa, mas meia dúzia de metros depois, voltou ainda mais forte. Acabei por entrar na estrutura temporária, construída entre os dois edifícios do MAAT, onde está uma pequena exposição de ilustração, em busca de algum abrigo. Não foi o melhor plano de sempre. É uma exposição muito engraçada, mas parte da estrutura não tem tecto, não tem nada, pelo que a chuva me continuava a perseguir (até porque mesmo em alguns sítios com tecto também chovia).
Mais molha menos molha, enchi-me de coragem, e lá decidi ir mesmo assim, apanhar o comboio de volta a casa.
E a chuva parou.
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