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Florença - A Ponte Vecchio

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Conta a lenda que o próprio Hitler deixou ordens expressas para que a Ponte Vecchio fosse poupada, aquando da retirada das tropas alemãs, em 1944. Certo é que todas as outras pontes que cruzavam o rio Arno foram destruídas, enquanto a Vecchio foi bloqueada com a destruição de edifícios já nas margens do rio, escapando assim praticamente ilesa à Segunda Guerra Mundial. Esta é apenas uma de muitas histórias fascinantes sobre esta ponte. O que não é de admirar, para uma estrutura que foi construída 600 anos antes, em 1345, numa cidade que foi um dos centros políticos e culturais da Europa.

 

Um pormenor particularmente curioso sobre esta ponte, que passa despercebido a quem a visita, é que no topo dos edifícios que se erguem num dos lados do tabuleiro, existe um longo corredor, que se estende para lá da ponte, ligando o Palácio Pitti ao Palácio Vecchio. O Corredor de Vasari, que a família Medici mandou construir no século XVI, permite a deslocação em segurança entre aquela que era a residência dos Medici e a sede do governo da cidade. O corredor encontra-se em obras e para o ano abrirá pela primeira vez ao público para visitas regulares.

 

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Engraçado foi também descobrir que, inicialmente, as lojas de ambos os lados da ponte albergavam exclusivamente talhos e peixarias. Depois da construção do corredor Vasari, a família Medici, baniu estas actividades. Parece que o cheiro nauseabundo que invadia o espaço não era condizente com os nobres narizes da família mais poderosa de Itália. Foi assim que desde o século XVI a ponte passou a ser ocupada exclusivamente por ourives.

 

É precisamente um mestre ourives que está imortalizado na estátua que se ergue no centro da ponte, numa zona onde os turistas aproveitam para fotografar a vista desafogada que o rio Arno proporciona sobre a cidade.

 

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Uma vista que tive a oportunidade de ver - e fotografar - várias vezes, durante os dias que estive em Florença. Embora as minhas fotos favoritas tenham sido tiradas logo no primeiro dia. Ficámos a ver o pôr do Sol na ponte Santa Trinita e fomos brindados por uma luz incrível. Aquele azul eléctico com que fica o céu quando, em dias limpos, o dia começa a chegar ao fim. Até a lua cheia fez questão de abrilhantar a nossa chegada.

 

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Florença - A melhor loja de todo o sempre... é esta!

 Foi por acaso que dei de caras com esta loja. Chamou-me à atenção uma mancha de cor, numa rua perfeitamente banal de Florença.

 

Voltei atrás. Era uma loja pequenina, mas o que vendia era... inesperado. Quanto a vocês não sei como reagiriam, mas para mim foi impossível não ficar colado à montra, com um sorriso de orelha a orelha. Alinhados meticulosamente ao longo de várias prateleiras, arrumavam-se os únicos artigos vendidos nesta loja...  patinhos de borracha!

 

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Patos, e mais patos. Patos de filmes, patos de cidades, patos de profissões, patos que representavam casais de várias orientações sexuais. E até, imagine-se, patos que representavam outros animais. Um pato elefante, um pato panda, um pato ovelha... 

 

Comprei dois. Um pato Darth Vader (obviamente!) e um patinho amarelo, simples e mais pequenino que estes que aparecem nas fotos.

 

Mas não foi nada fácil escolher! Fico à espera de saber no comentário a vossa opinião, sobre qual é o pato mais engraçado. Eu pessoalmente não consigo dizer. Declaro um empato técnico. 

 

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Quando mais tarde nesse dia visitámos o miradouro da praça Michelangelo, decidi usá-lo como modelo para algumas das minhas fotos. Foi um sucesso. Até me vieram pedir se também podia tirar fotos à magnifica vista com o meu pequeno patinho amarelo no enquadramento. Foi um caso claro de empatia à primeira vista!

 

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A loja, apropriadamente chamada "Florence Duck Store", fica na Via della Vigna Nuova. Deixo no entanto a nota, este não é um post patocinado

 

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Florença - Lojas, mercados e um javali materialista

Como disse no  post anterior, são muitas as lojas que nos encantam em Florença. Das mais tradicionais e cheias de história às mais modernas. Por todo o lado vendem-se tecidos ou peles, que enchem as ruas de cor (os trabalhos em pele são umas das tradições da cidade).

 

Até existem lojas quase inteiramente dedicadas a Gepetto e o seu Pinóquio, com trabalhos em madeira. E vários mercados. O mais famoso é o Mercado del Porcellino. Se passarem por lá, esfreguem o nariz ao Javali. Mas antes têm de colocar-lhe uma moeda na boca. Sim, que ele tem este ar bonacheirão, mas não anda aqui a trabalhar de graça. Se a moeda rolar para dentro da grelha de metal, no fundo da fonte, é sinal sorte garantida - dizem, que ainda estou para ver os resultados! 

 

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Fica por mostrar a grande descoberta da viagem. É só a melhor loja de todo o sempre, que descobri por completo acaso. Mas vou fazer suspense... Vão ter de esperar até à próxima semana. 

 

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Florença - A farmácia mais antiga do mundo

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São muitas as lojas que nos encantam em Florença. Antigas, tradicionais, modermas e originais. Há de tudo. Mas uma das mais espectaculares fica muito perto da Igreja de Santa Maria Novela, numa rua que vai desembocar à praça do mesmo nome. É a Officina Profumo-Farmaceutica di Santa Maria Nuova. Funciona ali, há mais de quatro séculos, uma das mais antigas lojas do mundo ainda em actividade.

 

O espaço, como ainda existe hoje, começou a funcionar em 1612, mas sua origem remonta a 1381, altura em que os monges Dominicanos de Santa Maria Novela, começaram a vender bálsamos e outras elixires medicinais, especialmente durante os períodos de epidemias.

 

Hoje em dia continuam-se a vender chás, infusões, perfumes e vários preparados medicinais. O espaço funciona quase como um museu vivo, uma vez que muitos dos armários, balcões e utensílios ainda são os originais, ou contam já com muitos anos de história.

 

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Florença - David e o palácio meio vazio

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Chegámos à Galleria dell'Accademia, a galeria da Academia de Belas Artes de Florença, pouco antes das 10h. Na rua, a fila já era de algumas centenas de pessoas. A espera para entrar pode chegar a ser de horas. Felizmente fomos de Portugal já com os bilhetes reservados e não esperámos mais de 20 minutos.

 

Em pouco mais tempo que isso, faz-se a visita ao interior. O edifício não é grande. São pouco mais de meia dúzia de salas, com pintura e escultura, dos séculos XIII ao XVI. Gostei sobretudo de uma sala repleta de estátuas dispostas de maneira meio caótica,  cujas paredes são revestidas a centenas e centenas de bustos.

 

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No coração da exposição encontra-se, claro está, a estátua de David, uma das obras mais famosas de Michelangelo e uma das estátuas mais conhecidas do mundo. Essa fama tem os seus custos. É complicado fazer uma aproximação a David, sempre rodeado de dezenas de pessoas, cada uma a tentar guardar o momento para a posteridade (e para o facebook). Com algum esforço e jogo de cotovelos, lá me consegui aproximar. Só não sei se lhe consegui captar o melhor ângulo...

 

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Como a visita foi mais curta do que esperávamos, aproveitámos para ir visitar o Palácio Medici-Riccardi, apenas a dois quarteirões de distância. Sendo um dos vários palácios da poderosa família Medici, esperávamos ficar a conhecer um pouco mais da história da cidade. Aliás o que nos despertou a curiosidade foi precisamente uma crítica no Google Maps, em que um visitante dizia ter aprendido muito da história de Florença. Nada mais longe da verdade. O interior do palácio está praticamente vazio. Poucas salas para visitar também. Algumas delas com pouco mais que uma tapeçaria e uma cadeira a compor o espaço. Não há a mínima informação sobre a história palácio, da família Medici ou da cidade de Florença. Salvou-se, pelo menos, uma sala de conferências com um tecto absolutamente deslumbrante e uma pequena capela, toda revestida a frescos, magníficos no seu detalhe . Mas por 10€, ainda hoje estou na dúvida se valeu ou não a pena (Estou mais virado para o não...)

 

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Galleria dell'Accademia funciona das 08:15 às 18:20 e fecha à segunda feira. O bilhete custa 8€, mas deve ser comprado com antecedência.

 

Palazzo Medicci-Riccardi está aberto todos os dias, das 8:30 às 19:30. O bilhete custa 10€.

 

 

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12 sítios a não perder em Florença

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Mais de 500 anos depois, a cúpula do Duomo continua a dominar silhueta de Florença. Mesmo quando não é visível, a sua presença é sentida em toda a cidade. É o símbolo de uma cidade em que é impossível não sentir o peso da História. E poucas cidades do mundo foram palcos de tantas histórias como esta. Florença foi um dos maiores centros financeiros e culturais europeus desde a idade média, e como berço do Renascimento, teve um papel central no modo como hoje entendemos a arte e a ciência.

 
Talvez por isso a cidade pareça conviver surpreendentemente bem com os milhões de pessoas que a visitam anualmente. Os turistas vieram apenas substituir os artistas, mercadores, homens de ciência, que ao longos dos séculos convergiam para Florença, atraídos pelo pulsar de uma cidade que marcou o rumo da civilização.
 
Entre igrejas e palácios deslumbrantes, obras de arte icónicas, ou museus repletos de tesouros, Florença tem muito para ver. E no entanto, é uma cidade perfeita para visitar a pé, essencialmente plana e em que os principais pontes de interesse se encontram quase lado a lado.
 
Com tantos atractivos, já sabem que podem esperar muitas fotografias. Para já, deixo aqui doze. Uma por cada post que tenho em mente.
 
 
 Galleria dell’Accademia

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Admito que pensava que ia ver um enorme museu... Nem tanto. Só  meia dúzia de salas de pintura e escultura. Mas tal como é obrigatório ir a Roma e ver o Papa (eu falhei aí, bem sei), não se pode ir a Florença sem ver David.
 
 
Ponte Vecchio

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Consta que o próprio Hitler ordenou que a ponte fosse poupada, durante os bombardeamentos a Florença, na Segunda Guerra Mundial. Esta é apenas uma das histórias e lendas desta famosa ponte do Século XIV.

 
 
O rio Arno

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A relação da cidade com o Arno, merece também um olhar mais atento. Além da Vecchio, são oito as pontes que ligam as duas margens de Florença.

 
Lojas e espaços curiosos

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Em Florença abundam os recantos curiosos. Algumas lojas são muito antigas, outras apenas muito originais. Tanto assim que este tema irá merecer mais que um post.
 
 
Praças e Igrejas 

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Em Itália existe uma igreja em cada praça (ou pelo menos assim parece). É engraçado ver como grande parte das igrejas da cidade se inspiraram na fachada da Catedral. Foi claramente um estilo que fez sucesso na época.
 
 
Experiência Leonardo da Vinci

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Uma experiência multimédia sobre um dos mais famosos habitantes da cidade.
 
 
Galleria degli Ufizzi

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Um dos mais antigos museus de arte do mundo e um dos vários palácios da poderosa família Medici.
 
 
Palazzo Pitti

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Quem vê este palácio por fora, dificilmente fica com ideia do que vai encontrar no interior. Sim é um edifício descomunal. Mas a austeridade da fachada não deixa adivinhar as riquezas que guarda. Um dos espaços mais impressionantes que já visitei.

 

Jardins Boboli

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Os jardins do palácio Pitti são igualmente descomunais. Tanto que nem conseguimos visitar tudo. Até porque merecem um passeio com calma, para explorar os vários recantos.

 

Piazalle Michaelangelo

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A vista sobre a cidade justifica plenamente a íngreme subida.

 

Santa Maria del Fiore (Duomo di Firenze)

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Sem dúvida um dos monumentos mais bonitos do mundo. A catedral é absolutamente deslumbrante, com os seus acabamentos a mármore branco e verde e a enorme cúpula - emblemática da cidade. Mas este complexo engloba ainda o Batistério (edifício octogonal em frente à Catedral), a torre sineira e um museu. Sem dúvida que vai merecer mais que um post.

 

Palácio Vecchio

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Datado do final do século XIII este palácio funciona ainda hoje como a Câmara Municipal de Florença.

 
 
 
Para terminar, deixo algumas conselhos para quem pensa Florença.
 
 
Bilhetes e Filas:
 

Os bilhetes para a Ufizzi, a ​Galleria dell’Accademia e o Duomo (sobretudo para a subida à cúpula), devem ser comprados online, antes da viagem. Existem filas especiais para quem já tem bilhete, e a diferença no tempo de espera é considerável. Além disso, em dias de maior afluência os bilhetes podem esgotar rapidamente.

 

Para os restantes sítios, mesmo para o Palácio Pitti, os bilhete podem ser adquiridos no local, sem grandes esperas.

 

As filas parecem todas enormes, mas até andam depressa. E nunca tive de esperar muito tempo.

 
Turistas:
 

Julho e Agosto são meses a evitar, se possível. São os meses onde se verificam as maiores enchentes.

 

Achei Florença uma cidade segura. Muitos polícias e militares em todo o lado. Mas como em qualquer local com grandes aglomerações de pessoas, convém ter cuidado com os carteiristas.

 

Visitas:
 

É boa ideia reservar um dia inteiro só para o Palácio Pitti e os jardins Boboli. O palácio é na verdade um complexo de vários museus e os jardins são enormes.

 

Recomendo vivamente ver o pôr do Sol do miradouro da ​Piazzale Michelangelo, ou numa das pontes da cidade.

 

Comida:
 

Para quem gosta de boa carne, têm de experimentar a bisteca. Um descomunal bife grelhado, que se vende ao peso, e tem um sabor e textura divinais...

 

Os gelados artesanais. É difícil falhar na escolha da gelataria, e há uma quase a cada esquina. A gelataria La Carraia, junto à ponte do mesmo nome, foi-me altamente recomendada  e não desiludiu.

 

 

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