Fotografar o Tejo
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No final de Setembro contei aqui a minha passagem pelo novo elevador da Ponte 25 de Abril. Na altura ainda se preparava a inauguração, pelo que me limitei a fotografá-lo do lado de fora do gradeamento. Mas o que vi despertou-me a curiosidade e esta semana passada, aproveitei uns dias de férias para fazer uma visita.
Logo como primeira impressão, gostei da valorização arquitectónica do pilar que serviu de ponto de partida a este centro de interpretação. Nos novos espaços, projectados pelo arquitecto António Borges, usaram-se muitos materiais metálicos, reflexos e contrastes de luz, para criar uma experiência visual marcante. Seria fácil cair no exagero, já que todo o espaço quase acaba por ter o aspecto futurista de uma nave espacial, mas as linhas são simples e elegantes, complementando perfeitamente o que já estava construído desde os anos 60.
Para mim, que gosto de fotografar arquitectura, só isso já valia o preço do bilhete. Mas esta experiência tem mais a oferecer. Existe a opção de comprar dois bilhetes separados. A visita ao Centro de Interpretação custa 6€ e a experiência de realidade virtual, que acrescenta 1,5€ ao preço da visita.
Eu comprei os dois e comecei pela sala de realidade virtual. Aí colocam-se uns óculos que nos levam numa visita de poucos minutos, em que somos guiados por dois dos técnicos que fazem a manutenção da ponte. Vamos mesmo junto à água, na base que fica a meio do Tejo, subimos até ao ponto mais alto e andamos em cima de um dos cabos que liga os dois pilares. Só é pena a qualidade dos óculos não ser a melhor. O vídeo não tem muita resolução, quebrando um bocadinho a ilusão. Mas mesmo assim é uma vista de cortar a respiração.
Terminado o "passeio", segui para o centro interpretativo. Depois de validar o bilhete sai-se para o exterior, seguindo um percurso que nos obriga a passar junto ao sétimo pilar da ponte. É uma estrutura enorme, composta por três grandes blocos de betão. O pilar em si ao centro e, nas laterais, os suportes para os enormes cabos que seguram o tabuleiro.
Este é aliás um dos pormenores mais curiosos da visita. Estes três blocos de cimento são ocos e visitamos o seu interior. O espaço, já de si imponente, é valorizado por enormes espelhos e focos de luz bem colocados. O maciço central, devido aos espelhos que cobrem quase todo o chão, parece um volume de altura quase infinita. Tanto assim que uma senhora que ia à minha frente na visita, demorou largos minutos a ganhar coragem para percorrer esta sala. A sensação estarmos perante um abismo pode ser desafiante para quem tiver vertigens.
Antes de se chegar a esta zona, existe uma pequena sala com a cronologia da construção da ponte. E é aqui que tenho um reparo a fazer a esta "Experiência Pilar 7". Gostava que houvesse foco um pouco maior na história deste monumento nacional. Percebo que o grande objectivo tenha sido criar mais uma experiência que um museu (como o nome indica) e isso foi plenamente conseguido. Sente-se que se está a viver a ponte, mais do que a aprender sobre ela. Mas falta uma zona de exposição um pouco mais convencional, onde se aprendesse sobre a Ponte 25 de Abril de forma um pouco mais clara.
Passando a sala dos espelhos, chega-se ao elevador, onde se inicia a subida ao tabuleiro. Sejamos sinceros, há melhores vistas sobre a cidade de Lisboa, até porque este não é o ângulo que mais favorece a ponte. Mas Lisboa é bonita de todos os seus miradouros e este não é excepção. A plataforma oferece uma visão privilegiada sobre o Tejo e a parte ocidental de Lisboa, Alcântara, Ajuda e Belém.
Quando o Sol finalmente desceu no horizonte, aproveitei a deixa e dei a visita por terminada. Entre a vista, a arquitectura do espaço e as fotos que tirei, devo dizer que gostei bastante desta experiência do Pilar 7.
Informações úteis:
A entrada faz-se pela Avenida da Índia, um pouco antes do Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL).
O horário de funcionamento é das 10h às 18h. O bilhete custará 6€, para o Centro Interpretativo, mais 1.5€ para a experiência de realidade virtual.
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Depois de anos de promessas, avanços e recuos, foi finalmente anunciado, a semana passada, o plano de recuperação do Cais do Ginjal.
A vista fabulosa e a beleza e tranquilidade do local levam muita gente a percorrer este passeio ribeirinho, com cerca de um quilómetro de extensão. É frequente ver famílias a aproveitar os dias de bom tempo, pessoas a andar de bicicleta ou a correr. Isto junto a edifícios a cair aos bocados, que ostentam nas fachadas avisos de perigo de derrocada. Já não era sem tempo, e esperemos que desta vez seja mesmo para avançar.
O projecto ainda será alvo de discussão pública, mas sabe-se que a zona pedonal vai ser alargada. Além de prédios para habitação, vai também ser contruido um hotel, onde ficava a antiga fábriga de bacalhau - aqueles edifícios lá no alto, na primeira foto.
Segundo a notícia do Público, tudo isto não demorará menos de 10 anos estar concluído. O que provavelmente quer dizer que daqui a 20 anos estarei a publicar as fotos da inauguração...
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Após um período, de cerca de uma semana, em que esteve encerrado ao público, o Padrão dos Descobrimentos voltou a abrir este fim de semana.
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