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Chiesa di Sant'Antonio dei Portoghesi em Roma

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Numa rua insuspeita de Roma, a caminho do Castelo de Sant'Angelo, passei por uma igreja. Nada de extraordinário, em Itália quase há uma igreja a cada esquina. Mas assim pelo canto do olho, vi qualquer coisa que me chamou à atenção. Voltei para trás e li...


"Chiesa di Sant'Antonio dei Portoghesi" - dizia uma placa.

 

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Lá no alto da fachada, o brasão de armas português. Um elemento decorativo que se repete várias vezes no interior, ricamente decorado e cuja jóia é um orgão que impressiona pela sua dimensão e beleza. Curioso, investiguei um pouco mais sobre esta minha descoberta, que é afinal a igreja nacional da comunidade portuguesa em Roma.

 

Foi construída no século XVII, num local onde já existia um albergue para os peregrinos portugueses que se deslocavam à cidade. Esse albergue ainda funciona, explorado por privados, mas reserva sempre alguns quartos para estudantes e investigadores lusos. A igreja está inserida no Instituto Português de Roma, gerido pelo Estado Português, e onde se organizam exposições, conferências e se leccionam aulas de português para estrangeiros.

 

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E o orgão de que falei? Foi reconstituido em 2008, para substituir um instrumento idêntico que tinha sido roubado durante as invasões francesas. Com 2500 tubos é um dos melhores orgãos do mundo. Todas as semanas são organizados concertos. Este ano, por ocasião das celebrações das aparicões de Fátima e da canonização de Francisco e Jacinta, realizaram-se vários espectáculos comemorativos. De homenagem a Portugal, a Fátima e até ao Fado.

 

Uma jóia portuguesa em Roma, que encontrei completamente por acaso. E a prova que conhecer uma cidade é bem mais que seguir os roteiros dos guias turisticos.

 

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A "igreja de Santo António dos Portugueses" fica na Via dei Portoghesi, na zona de Campo Marzio, apenas a 5 minutos a pé da Piazza Navona (ver mapa).

 

  

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Fontana di Trevi e a horda de turistas

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Como em qualquer destino de viagem mais famoso, há imensos turistas em Roma. No sentido em que, comparativamente, Lisboa parece uma cidade fantasma. E não são como os turistas ninja, de que já aqui tenho falado. Não. É uma estirpe bem mais nefasta para quem gosta de fotografar. Uma espécie de horda de zombies, só que em vez de procurarem comida, têm as selfies como objectivo primordial.

 

Esta massa de turistas, funciona com base em marés, "pensando" como um só organismo. Começa a invadir os pontos mais famosos das cidades após o pequeno almoço, retirando-se depois do jantar. O seu mecanismo primordial de subsistência é o "selfie stick", com o respectivo telemóvel agarrado na ponta. Marcham cegamente até ao ponto mais frontal do monumento escolhido (ou em casos mais graves, a fachada de uma loja de uma qualquer marca de luxo), e aí ficam, degladiando-se pela melhor posição. Enquanto fazem diversas poses e caretas.

 

Este turista tem como principal característica o facto de nunca chegar a olhar de frente para o monumento que está a observar, vendo-o apenas através do ecrã do telemóvel, ocupado em grande parte pela sua cara sorridente.

 

Este foi então o cenário com que me deparei quando cheguei à Fonte de Trevi. A foto do início do post foi obtida após muita paciência e um ou outro encontrão mais vigoroso. Porque o cenário real era o que se pode ver nas fotos abaixo. 

 

Como comparação têm estas duas fotos. Uma boa maneira de verem que a "edição" de uma imagem começa muito antes de ela chegar ao computador. O que se deixa dentro ou fora do enquadramento, tem muito mais impacto a alterar a percepção de quem vê a fotografia, que qualquer filtro do instagram.

 

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Roma não se visita num dia... Mas não custa tentar

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Roma. Não era um dos destinos desta viagem, mas a oportunidade era demasiado boa para não aproveitar. O avião ia aterrar em Fiumicino por volta das 11h da manhã... e o comboio para Florença estava marcado para o final da tarde. 

 

Nenhuma cidade se conhece num só dia, muito menos numa tarde, mas Roma está no imaginário de qualquer viajante. Tinha de aproveitar a oportunidade.

 

O planeamento foi feito com antecedência, qual gincana pelos principais monumentos. Numa lista em que entraram quase todos. Excepto o Vaticano, por ser mais fora de mão - Sim, fui a Roma e não vi o Papa... 

 

A minha irmã, que já conhecia a cidade, desenhou o percurso - ajuda sempre ir com quem sabe - e acabámos por ver tudo o que planeámos, com tempo de sobra. Ainda devo escrever mais um ou outro post sobre Roma, mas para já aqui fica o percurso que fizemos.

 

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1. Coliseu

 

Provavelmente o local que mais me desperta a imaginação. Palco de grandes atrocidades, mas ao mesmo tempo com uma história absolutamente fascinante. Mesmo em ruínas impressiona. Sem dúvida que terei de voltar, para visitar o Coliseu com a atenção que merece.

 

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2. O Fórum Romano

 

O centro do antigo império Romano. O espaço é vedado, mas é possível ver parte do interior a partir da rua. Mesmo o que chegou aos nosso dias é suficiente para nos transportar para outra época. Outro sítio a merecer um olhar mais atento.

 

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3. Praça de Veneza

 

A praça não é particularmente bonita, mas o imponente Monumento a Vítor Emanuel II, primeiro rei da Itália unificada, é uma visão impressionante. Inaugurado em 1911 e de construção polémica, é inteiramente revestido a mármore branco.

 

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4. O Panteão

 

Construído no ano de 126 AD, o panteão de Roma é um dos mais antigos edifícios do mundo. Pensem por um momento nesta data. As pessoas que entraram neste edifício, ao longos dos séculos, viveram durante muitos dos eventos da história da humanidade. Se isso não fosse razão suficiente para entrar, a enorme cúpula é um dos grandes feitos de engenharia jamais realizados. Nem que seja do ponto de vista meramente estético, é de uma dimensão e elegância impressionantes.

 

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5. Praça Navona

 

Uma praça ampla e luminosa, com um conjunto arquitectónico harmonioso. O destaque vai para as três fontes, sobretudo aquela que marca o centro da praça.

 

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6. Castel Sant'Angelo

 

Foi construído como mausoléu, tornou-se uma fortaleza inexpugnável, que defendia a cidade contra os bárbaros, e entretanto foi prisão. Hoje é um Museu Nacional. Que não tive tempo de visitar obviamente.

 

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7. Vaticano

 

Agora estou a fazer batota... Eu disse que não tinha ido ao Vaticano. E não fui. Mas da ponte Sant'Angelo tem-se uma das vistas mais famosas sobre a cidade do Vaticano. Quase, quase conta... não??

 

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8.  Fonte de Trevi

 

Nenhuma visita a Roma pode ficar completa sem visitar a fonte de Trevi. Por vezes, quando um sítio é muito famoso, as expectativas saem defraudadas (estou a pensar em vocês, Cataratas do Niagara), mas não foi o caso aqui. Nem o facto de eu ter imaginado, por alguma razão, que a fonte ficava numa enorme e imponente praça, e afinal ficar num largo minúsculo, tira encanto a uma das mais belas fontes do mundo. Claro está que atirei uma moeda para a água.

 

Diz a lenta que quem o faz regressa à cidade. Pelo menos para a minha irmã, a profecia já se cumpriu.

 

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9. Praça de Espanha

 

Foi o último ponto de paragem antes de seguirmos para a estação Termini, para apanhar o nosso comboio. O Sol começava a baixar no horizonte e pintava de laranja os degraus da grande escadaria, que sobe até à igreja de Trinità dei Monti. Foi a despedida de uma cidade a que com certeza irei voltar (atirei a moeda, lembram-se?).

 

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