Florença - A melhor vista da cidade
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No coração de Florença, mesmo junto ao Arno, ficam dois dos edifícios mais marcantes de Florença. O Palácio Vecchio e as Galerias Uffizi.
O primeiro é um símbolo de poder da cidade desde o século XIII, sendo ainda hoje a sede da Câmara Municipal de Florença. No interior, ricamente decorado, destaca-se o enorme Salão dos Quinheitos. Este Salão, que ainda hoje recebe eventos (como se percebe pelas fotos), chegou até a receber o parlamento italiano, durante o período em que Florença foi a capital do Reino de Itália (1865 a 1871).
Mesmo ao lado do Vecchio, a Galeria Uffizi alberga umas das mais importantes colecções de arte do mundo (e a mais importante do Renascimento), reunidas pela poderosa família Medici. Várias das obras famosas podem ser vistas aqui, como O Nascimento de Vénus ou Primavera, de Botticelli, e o recentemente restaurado A Adoração dos Magos, de Leonardo da Vinci.
Para a visita a este museu, recomendo vivamente que comprem bihete online antes da viagem. As filas são gigantescas e sem bilhete a espera pode chegar a várias horas.
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Os cartazes que se viam na rua chamavam à atenção. A Leonardo da Vinci Experience prometia uma experiência multimédia única, sobre a vida de um dos mais fascinantes habitantes de Florença.
Comprámos bilhete, a uns exorbitantes 15€. A entrada fazia-se pela lateral do que parecia ser um antigo convento. Dava acesso a uma pequena sala com alguns cartazes informativos, duas ou três maquetes e uma experiência de realidade virtual que até poderia descrever como pobre e desinteressante, se não tivesse passado o tempo entretido a tentar o impossível - que a imagem dos óculos ficasse focada.
Felizmente havia mais para ver. Umas escadas davam acesso uma uma sala enorme. Era a nave de uma antiga igreja. A toda a volta enormes telas mostravam imagens da obra de da Vinci. Não era particularmente informativo, mas o efeito era impressionante e ficámos ali, largos minutos, enquanto se sucediam pinturas, invenções e imagens de manuscritos do mestre renascentista.
Não sei bem se compensou os 15€ que paguei, mas a verdade é que deu para umas fotos engraçadas. E isso já vale alguma coisa!
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A aparência austera da fachada do Palácio Pitti, em Florença, disfarça de maneira não muito discreta aquilo que a sua dimensão descomunal deixa antever. A pedra das paredes dá ao palácio o aspecto maciço de um cofre que guarda riquezas de valor incalculável. Tanto assim que o seu interior está dividido em sete museus diferentes. Sim, sete museus e um jardim enorme, que nos propusémos a ver num só dia. Conseguimos? Claro que não! Mas já vos dá uma ideia de como há tanto para ver no Pitti.
Os bilhetes podem ser comprados em várias combinações, que permitem fazer dividir a visita em dias distintos. Nós decidimos comprar o bilhete com acesso a tudo e tentar ver o máximo possível num só dia - ambicioso, como disse. Mas este seria apenas um dos museus de arte que veriamos ao longo desta viagem e por muito interessante que estes sejam, há bem mais para ver em Itália. Até porque às tantas, todos aqueles quadros renascentistas já se fundem num só, e até o mais sumptuoso dos tectos deixa de impressionar quando cada divisão do palácio é igualmente monumental.
A verdade é que por vezes, no meio destas salas tão sumptuosamente decoradas, o mais difícil é prestar atenção ao que se encontra exposto. Mesmo quando o recheio é tão impressionante como o tesouro dos Medici, a toda-poderosa família de Florença que ergueu este palácio. Estas primeiras fotos são do Museu da Prata, onde podem ser admiradas as jóias de ouro, marfim e pedras preciosas que compunham a colecção privada dos Medici.
Os restantes museus começavam e acabavam numa tal sucessão de salas que agora, olhando para as fotos, tenho dificuldade em diferenciar. Desde as pinturas e esculturas das Galerias Palantina e de Arte Moderna, passando pelos Apartamentos Reais é um sem fim de tesouros, obras de arte deslumbrantes e uma decoração tão rica e luxuosa que quase faz o Palácio da Ajuda parecer uma casinha de uma família humilde.
Os Jardins Boboli
Não se deixem enganar pela palavra "jardim". Os jardins Boboli são enormes. Tanto assim que no seu recinto podem ser ainda visitados três dos sete museus. São eles os museus da Porcelana, do Traje e dos Coches. Todos em edifícios distintitos, separados do principal e ainda a alguma distância uns dos outros. Para ajudar, o jardim foi construído numa zona de encosta, com várias subidas e descidas íngremes. E aqui, tenho de admitir, o cansaço venceu-nos. Acabámos não não visitar nenhum destes três museus. Apenas demos uma volta que incluiu a Gruta de Buontalenti, uma das atrações principais do jardim.
O cansaço pode ter levado a melhor, mas não foi uma derrota. Ou não tivéssemos ficado a ganhar, depois de visitar este espaço verdadeiramente incrível.
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Conta a lenda que o próprio Hitler deixou ordens expressas para que a Ponte Vecchio fosse poupada, aquando da retirada das tropas alemãs, em 1944. Certo é que todas as outras pontes que cruzavam o rio Arno foram destruídas, enquanto a Vecchio foi bloqueada com a destruição de edifícios já nas margens do rio, escapando assim praticamente ilesa à Segunda Guerra Mundial. Esta é apenas uma de muitas histórias fascinantes sobre esta ponte. O que não é de admirar, para uma estrutura que foi construída 600 anos antes, em 1345, numa cidade que foi um dos centros políticos e culturais da Europa.
Um pormenor particularmente curioso sobre esta ponte, que passa despercebido a quem a visita, é que no topo dos edifícios que se erguem num dos lados do tabuleiro, existe um longo corredor, que se estende para lá da ponte, ligando o Palácio Pitti ao Palácio Vecchio. O Corredor de Vasari, que a família Medici mandou construir no século XVI, permite a deslocação em segurança entre aquela que era a residência dos Medici e a sede do governo da cidade. O corredor encontra-se em obras e para o ano abrirá pela primeira vez ao público para visitas regulares.
Engraçado foi também descobrir que, inicialmente, as lojas de ambos os lados da ponte albergavam exclusivamente talhos e peixarias. Depois da construção do corredor Vasari, a família Medici, baniu estas actividades. Parece que o cheiro nauseabundo que invadia o espaço não era condizente com os nobres narizes da família mais poderosa de Itália. Foi assim que desde o século XVI a ponte passou a ser ocupada exclusivamente por ourives.
É precisamente um mestre ourives que está imortalizado na estátua que se ergue no centro da ponte, numa zona onde os turistas aproveitam para fotografar a vista desafogada que o rio Arno proporciona sobre a cidade.
Uma vista que tive a oportunidade de ver - e fotografar - várias vezes, durante os dias que estive em Florença. Embora as minhas fotos favoritas tenham sido tiradas logo no primeiro dia. Ficámos a ver o pôr do Sol na ponte Santa Trinita e fomos brindados por uma luz incrível. Aquele azul eléctico com que fica o céu quando, em dias limpos, o dia começa a chegar ao fim. Até a lua cheia fez questão de abrilhantar a nossa chegada.
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Foi por acaso que dei de caras com esta loja. Chamou-me à atenção uma mancha de cor, numa rua perfeitamente banal de Florença.
Voltei atrás. Era uma loja pequenina, mas o que vendia era... inesperado. Quanto a vocês não sei como reagiriam, mas para mim foi impossível não ficar colado à montra, com um sorriso de orelha a orelha. Alinhados meticulosamente ao longo de várias prateleiras, arrumavam-se os únicos artigos vendidos nesta loja... patinhos de borracha!
Patos, e mais patos. Patos de filmes, patos de cidades, patos de profissões, patos que representavam casais de várias orientações sexuais. E até, imagine-se, patos que representavam outros animais. Um pato elefante, um pato panda, um pato ovelha...
Comprei dois. Um pato Darth Vader (obviamente!) e um patinho amarelo, simples e mais pequenino que estes que aparecem nas fotos.
Mas não foi nada fácil escolher! Fico à espera de saber no comentário a vossa opinião, sobre qual é o pato mais engraçado. Eu pessoalmente não consigo dizer. Declaro um empato técnico.
Quando mais tarde nesse dia visitámos o miradouro da praça Michelangelo, decidi usá-lo como modelo para algumas das minhas fotos. Foi um sucesso. Até me vieram pedir se também podia tirar fotos à magnifica vista com o meu pequeno patinho amarelo no enquadramento. Foi um caso claro de empatia à primeira vista!
A loja, apropriadamente chamada "Florence Duck Store", fica na Via della Vigna Nuova. Deixo no entanto a nota, este não é um post patocinado.
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