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A atracção do MAAT

No mês passado participei no Grande Prémio EDP. Uma corrida de 10 km, de Benfica aos Restauradores. O levantamento do dorsal da prova era feito no edifício da antiga central eléctrica, em Belém. Não levei máquina fotogáfica. A ideia era mesmo ir buscar o material num instante. Arrependi-me depressa. É impossível ficar indiferente ao MAAT. À fluidez das suas linhas e à maneira única como estas se deixam envolver pela luz de Lisboa. Não é por acaso que o post da minha primeira visita ao edifício da arquitecta Amanda Leteve continua a ser o mais visitado de sempre aqui do blog. E que oito das nove fotos mais vistas no meu instagram em 2017 sejam também do MAAT.

 

Não tinha máquina fotográfica... usei o telemóvel. Até acabou por ser bom. Acabei por fotografar de maneira muito diferente do que teria feito com a câmara.

 

Difícil foi mesmo escolher as fotos para este post... É que gostei de quase todas!

 

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Estou em vias de extinção!

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Imagem retirada daqui.

 

Ainda agora regressei de férias e já percebi que este blog tem os dias contados...

 

Já sabemos que o futuro não é brilhante para os taxistas. Qualquer dia os carros autónomos estão aí para os substituir. A Amazon vai abrir brevemente um supermercado com um sistema que regista sozinho o que as pessoas compram. Sem necessidade de filas, tapetes rolantes, caixas registadoras... e (quase nenhuns) empregados.

 

Mas pensei que os artistas estavam salvos. Enganei-me.

 

A Google criou recentemente um programa de inteligência artificial que, depois de analisar o trabalho de grandes fotógrafos, consegue criar uma obra de arte, a partir de uma foto banal. Corta a foto com a composição perfeita, aplica edições de contraste e luz, e os filtros criativos que sejam apropriados... O resultado está à vista.

 

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Fotos da Google. Retiradas do site The Verge

 

Esta semana, na apresentação dos novos iPhones, a Apple anunciou as melhorias às já excelentes câmaras dos seus telemóveis. Agora o próprio telemóvel, completamente através de software consegue aplicar vários efeitos de luz a um retrato, simulando a iluminação do rosto, que por enquanto só se consegue em estúdio.

 

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 Fotos da Apple. Retiradas daqui.

 

Por isso, é provável que daqui a algum tempo este blog fique obsoleto. Já não falta muito para que o pior fotógrafo do mundo ganhe o World Press Photo. Com os olhos vendados e a máquina fotográfica atrás das costas... 

 

É em dias como este que fico feliz por ser Engenheiro Informático e não fotógrafo! 

 

PS.1: Nem tudo foi catastrófico e apocalíptico na conferência da Apple. A primeira foto que escolheram, para mostrar a qualidade da nova câmara, foi tirada em Lisboa.

 

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Foto da Apple

 

P.S.2: Quem é que percebe a referência da imagem do início do post?

 

 

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Manifesto Pró-Almada Negreiros

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BASTA PUM BASTA!

 

ALGUÉM AINDA NÃO FOI À GULBENKIAN? BASTA DE DESCULPAS!

 

UMA GERAÇÃO QUE DEIXE PASSAR ESTA EXPOSIÇÃO É UMA GERAÇÃO QUE NÃO SABE O QUE PERDE! NÃO VER A OBRA DE ALMADA NEGREIROS É INDIGNO, ABAIXO DE ZERO!

 

ABAIXO ESSA GERAÇÃO!

 

VIVA O ALMADA, VIVA!  PIM!

 

UMA GERAÇÃO COM UM ALMADA, PASSA DE BURRO PARA CAVALO!

 

ALMADA PINTA, DESENHA. ALMADA ESCREVE, REPRESENTA. ALMADA FAZ TUDO. E FAZ BEM!

 

ALMADA É HABILIDOSO!!

 

ALMADA É ARTE!

 

ALMADA É GÉNIO!

 

VIVA O ALMADA, VIVA! PIM!

 

SIM, ALMADA VESTIA ROUPAS ESTRANHAS, ATACAVA AS MENTES TACANHAS, EM MANIFESTOS NO ORPHEU.

 

MAS DO DANTAS SÓ SE SABE QUE CHEIRAVA MAL DA BOCA, E FOI ALMADA QUE PERMANECEU!

 

VIVA O ALMADA, VIVA!  PIM!

 

 

Já conhecia e admirava Almada Negreiros. Pelo menos o Almada que todos conhecem, mesmo que não lhe saibam o nome; o Almada que tem o painel na entrada principal da Gulbenkian, cujos desenhos decoram a estação de metro da Saldanha; e claro, o Almada do Manifesto Anti-Dantas, que serviu de inspiração para o início deste post.

 

Menos inspirado foi o início da minha visita à exposição “Almada Negreiros – Uma Maneira de Ser Moderno”, que ocupa das duas salas de exposições temporárias da Gulbenkian, até 5 de Junho. Tirei uma fotografia, a primeira deste post, e fiquei sem bateria na máquina fotográfica. Claro que, além disso, me tinha também esquecido da bateria suplente! João Farinha – Mais Uma Maneira de Ser Distraído.

 

Mas quem não tem máquina fotográfica, fotografa com telemóvel. Nada que não se resolva.

 


Isto de ser moderno é como ser elegante: não é uma maneira de vestir mas sim uma maneira de ser. Ser moderno não é fazer a caligrafia moderna, é ser o legítimo descobridor da novidade.


José de Almada Negreiros, conferência O Desenho, Madrid 1927

 

 

Mas se a visita se iniciou com um pequeno contratempo, percorrer a exposição foi descobrir um artista que escapa a qualquer categorização. Um homem que nunca teve qualquer formação em arte, mas que dominou com mestria vários estilos e materiais.

 

A exposição, comissariada pela historiadora de arte Mariana Pinto dos Santos – que merece todos os elogios – é notável na coerência e naturalidade com que nos apresenta uma obra tão vasta e diversa.

 

Estão lá os quadros e desenhos mais famosos de Almada Negreiros, mas estes representam uma pequena parte dos mais de 400 trabalhos expostos. Muitos dos quais, podem agora ser vistos pelo grande público pela primeira vez.

 

Ao longo das duas salas, encontram-se quadros a óleo, vitrais, esboços e estudos para murais e painéis decorativos, ou ilustrações para cartazes publicitários e desenhos humorísticos. E não há uma única destas peças que não mereça um olhar atento e prolongado.

 

Impressionaram-me particularmente um desenho a carvão, cuja tridimensionalidade é absolutamente hipnótica, ou um conjunto de três quadros que homenageia a famosa pintura da guitarra de Amadeu de Souza-Cardoso, seu contemporâneo. Duas das muitas obras que desconhecia por completo.

 

Depois da visita, só me apetece dizer, Almada não era moderno. Nem à frente do seu tempo. Almada é intemporal.

 

Arranje-se tempo sim, para visitar esta exposição absolutamente imperdível. Não o fazer é “indigno, abaixo de zero!”

 

 PIM!

 

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Informações:

 

Fundação Calouste Gulbenkian

 

A exposição pode ser visitada até ao dia 5 junho das 10:00 até 18:00. Excepto às Quintas e Sábados, em que visita se faz até às 21:00.

 

Encerra às Terças.

 

Cada bilhete normal custa 5€. 

 

 

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El Chaltén - Os Miradouros e a Ex-Objectiva

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Continua a série dedicada à minha viagem à Argentina, em Outubro de 2015. Depois de Buenos Aires, El Calafate e o glaciar Perito Moreno, hoje continuamos em El Chaltén. O vídeo que fiz desta aventura, pode ser visto aqui.

 

Visitar os miradouros "de las Águilas" e "de los Condores" está à distância de uma caminhada de cerca de uma hora. Implica algumas subidas mais ou menos íngremes, mas os trilhos são fáceis de percorrer e a vista - estou a tornar-me repetitivo não estou? - vale bem a pena.

 

Por esta altura, a minha objectiva 18-35mm decidiu que tinha visto o suficiente da Argentina. Deixou subitamente de funcionar. Pifou. Não era mais. Tornou-se uma ex-objectiva. Restava-me então a minha objectiva de zoom - muito pouco versátil - a Gopro (também muito pouco versátil para fotos), e o telemóvel. E foi realmente o iPhone que me salvou durante o resto da viagem. Seria uma pena ter andado pela Patagónia sem uma máquina fotográfica decente.

 

Por isso a partir de hoje, a maioria das fotos foram tiradas com ele. Nada de grave, cerca de 1/3 das fotos dos posts anteriores já sido tinham sido tiradas por ele, e não recebi reclamações. 

 

Voltando à caminhada... No final da subida experimentei fazer, pela primeira vez, um timelapse com a Gopro (serie de fotos, tirada sequencialmente que dá a sensação de que o tempo passa mais rápido). Não ficou muito emocionante, porque não havia muita coisa a mexer-se... Mas dá para ter uma perspectiva diferente da minúscula cidade de El Chaltén.

 

Menos conversa. Mais fotos. Aqui vamos.

 

 

Mirador de las Águilas

 

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 Mirador de los Condores

 

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Posts anteriores:

 

Buenos Aires - A Cidade

Buenos Aires - Ao Ritmo do Tango

Buenos Aires - Arte Urbana

Buenos Aires - Cultura

Buenos Aires - Caminito

Buenos Aires - La Bombonera

Buenos Aires - Jardim Japonês

 

El Calafate - A Cidade

El Calafate - Bicicletas e o Bar de Gelo

 

Glaciar Perito Moreno - Começa a Aventura

Glaciar Perito Moreno - A Caminhada no Glaciar

Glaciar Perito Moreno - O Miradouro

 

El Chaltén - A Cidade

El Chaltén - A Cascata Chorrillo del Salto

 

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