A Sé de Lisboa e a providência divina
Tenho uma memória muito ténue e distante de visitar a Sé de Lisboa com os meus pais e um amigos franceses, quando era miúdo. Deste então já por lá passei dezenas de vezes. De perto ou ao longe, é uma guardiã inevitável da paisagem da baixa lisboeta. Em todas essas vezes olhei para ela com um misto de sentimentos. Por um lado curioso em entrar, por outro temeroso dos magotes de turistas que se juntam nas imediações. Até porque, como quem lê este blog sabe, o excesso de turistas é a maior ameaça às minhas fotos...
No passado fim de semana, um dos meus passeios por Alfama, levou-me, inadvertidamente, até à Sé. Como tinha acabado de abrir, estava pouca gente e pensei - de hoje não passa! E afinal, depois de tanto tempo, parece que escolhi mesmo o dia ideal... Segundo me disse o funcionário da bilheteira dos claustros, daí a uns dias estes iriam encerrar para obras, previstas para durar um ano e meio. A ideia é que as escavações que põe a descoberto ruínas das eras romana e árabe, passem a ficar acessíveis a partir de um piso inferior, ficando cobertas pelo jardim que vai dar uma nova graça aos claustros. Também o museu vai ter uma muito necessária remodelação e restauro.
Estranhamente, não encontro notícias actuais sobre este encerramento, mas a confirmar-se escolhi, depois de tantos anos, o dia perfeito para esta visita. E nesse caso, aproveitem para ver estas fotos, que agora só daqui a algum tempo estas portas se voltarão a abrir. No entanto, a igreja e a impressionante sala do tesouro (que não se pode fotografar) manter-se-ão acessíveis ao público, por isso a Sé continuará sempre a merecer uma visita.
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