A aldeia onde o tempo parou
A vista sobre Piodão é magnífica, como já mostrei neste post, mas de perto não tem menos encanto.
Arrumadas num anfiteatro natural, as casas descem pela escarpa, culminando numa praça, o centro da vida da aldeia, e onde fica a igreja e a maior parte do comércio. Esta disposição tem o efeito curioso de fazer a povoação parecer ainda mais pequena. Nenhuma rua, além da praça, oferece uma visão ampla do conjunto. Ao percorrer as ruas de Piodão, mais parece que se está a percorrer um labirinto. Até porque com apenas 70 habitantes, a agitação nas ruas não é grande.
Ruas essas, em que todas as casas são de pedra, apenas salpicadas pelas portas e janelas azuis. O chão, as paredes, os telhados, tudo de pedra. A notável excepção é a igreja, que se destaca de maneira quase cómica no conjunto. É que como se não bastasse ser branca, tem uma arquitectura tão curiosa, que quando mais olho para ela, mais me parece feita de massapão.
Embora Piodão se possa percorrer de uma ponta à outra num instante, é fácil perder a noção do tempo. São vários os pormenores e recantos que nos abrandam o passo. Afinal, não é todos os dias que se visita uma aldeia onde o tempo parece ter parado.
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