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Qual peça de xadrez num jogo tresloucado

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 Se existem câmaras de segurança no terraço da Casa da Música, os seguranças ainda hoje se devem estar a rir com as figuras que por lá andei a fazer para tirar esta foto.


Eu explico - Subi ao sétimo piso da Casa da Música, que permite o acesso ao fotogénico terraço. Já o tinha visto em fotos, no dia anterior, e já sabia a foto que queria. A ideia era apanhar uma pessoa naquele ponto para que convergem as linhas criadas pelo arquitecto Rem Koolhaas.


Assim que cheguei, percebi que não ia acontecer. Não estava ninguém no terraço e o restaurante, mesmo ao lado, estava completamente vazio. Pousar a máquina fotográfica no chão não era opção. Ia perder o efeito criado pelo padrão de azulejos do chão. Tirei a foto possível e voltei para trás, derrotado. E então, pelo canto do olho, vi um cinzeiro. Um daqueles baldes metálicos ou, como lhe passei a chamar carinhosamente, o meu tripé. E assim começou a cena, digna de um filme do Charlot.

Então era ver-me a passear o cinzeiro para trás, para a frente e para o lado, qual peça de xadrez num jogo tresloucado. Colocar o temporizador na máquina e correr para a posição. Claro que não ficava bem à primeira, nem à segunda, nem à terceira. E então ia tentando, até ficar no ponto certo. Ou até eu parecer uma pessoa com um andar normal, o que claramente não acontece em todas estas fotos.

 

Várias tentativas depois, graças ao meu tripé improvisado, lá fiquei minimamente satisfeito com algumas das tentativas. E tenho de admitir, até teve muito mais piada assim!

 

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A magia da Livraria Lello & Irmão

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Já sabia que a livraria Lello se tinha tornado muito concorrida nos últimos anos, mas admito que não estava preparado para as filas que encontrei. Na minha inocência, pensei que chegando antes da hora de abertura não estaria muita gente. Foi ingénuo da minha parte, eu sei. Às 9h40m já esperavam umas boas dezenas de pessoas, divididas por duas filas. Uma para entrar na loja, outra para comprar bilhetes, duas portas mais acima. 

 

Segundo me explicou uma funcionária com quem estive à conversa, a culpa deste fenómeno é do Harry Potter. Parece que foi esta livraria a inspirar J.K Rowling a escrever sobre o mundo mágico de Hogwarts. Pois... tudo muito bonito, mas depois uma pessoa quer tirar fotos e sente falta de uma varinha mágica. Porque para tirar fotografias decentes da Lello e Irmão quase que só por magia...

 

Mal se abrem as portas, começa a “luta” por uma foto da icónica escadaria. Apanhá-la desimpedida é um jogo de enorme paciência. Para complicar, queria ter uma pessoa no enquadramento. Só uma e não as dezenas que a cada minuto sobem, descem e fazem poses para as selfies. Depois de muita espera, alguma ginástica, e frustração com quem se atirava para o enquadramento no pior segundo possível, lá consegui apanhar a escada quase desimpedida. Só mesmo por um segundo. Assim que capturei este momento, as escadas voltaram a encher-se. Pode-se dizer que tive sorte. Ou será que foi magia?

 

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O bilhete para entrar na livraria custa 4,5€. No entanto este valor é descontado em qualquer compra que façam no interior. No meu caso, aproveitei para comprar um livro que ando curioso para ler já há algum tempo, Homens Imprudentemente Poéticos, de Valter Hugo Mãe.

 

Boa semana!

 

 

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Florença - O Palácio Vecchio e a Uffizi

No coração de Florença, mesmo junto ao Arno, ficam dois dos edifícios mais marcantes de Florença. O Palácio Vecchio e as Galerias Uffizi.

 

O primeiro é um símbolo de poder da cidade desde o século XIII, sendo ainda hoje a sede da Câmara Municipal de Florença. No interior, ricamente decorado, destaca-se o enorme Salão dos Quinheitos. Este Salão, que ainda hoje recebe eventos (como se percebe pelas fotos), chegou até a receber o parlamento italiano, durante o período em que Florença foi a capital do Reino de Itália (1865 a 1871).

 

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Mesmo ao lado do Vecchio, a Galeria Uffizi alberga umas das mais importantes colecções de arte do mundo (e a mais importante do Renascimento), reunidas pela poderosa família Medici. Várias das obras famosas podem ser vistas aqui, como O Nascimento de Vénus ou Primavera, de Botticelli, e o recentemente restaurado A Adoração dos Magos, de Leonardo da Vinci.

Para a visita a este museu, recomendo vivamente que comprem bihete online antes da viagem. As filas são gigantescas e sem bilhete a espera pode chegar a várias horas.

 

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O Porto... faz pandã

No final do mês passado estive uns dias no Porto. Numa das vezes em que passei pelo Mercado Ferreira Borges, junto ao Palácio da Bolsa, reparei que quase tudo na cena que tinha à minha frente era vermelho. O mercado, o prédio em fundo, o mural que se desenhava em frente, o sinal de trânsito proibido e até a mota que por lá estava estacionada.

 

Só faltava que uma pessoa vestida de vermelho passasse, para dar ainda mais vida à cena. E fiquei à espera.

 

5 minutos.

 

10 minutos. Nada.

 

Passou uma senhora com uma mala vermelha, mas não era o suficiente.

 

15 minutos.

 

Aproximou-se um quispo vermelho altamente promissor (com uma pessoa dentro, atenção). Mas à última hora atravessou para o outro lado da estrada.

 

20 minutos.

 

Não ia passar a manhã inteira ali, até porque também não era o enquadramento mais deslumbrante do mundo. Comecei a ir embora. Hesitei. Só mais um bocadinho - pensei - E dei um passo atrás...

 

1 minuto.

 

Heis que finalmente... alguém de vermelho. O minuto extra tinha compensado! O resultado foi este:

 

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Não sei bem dizer se a foto vale os 21 minutos de espera. Mas tal como outras parecidas, que tirei nesses quatro dias no Porto, esta imagem é o registo de um pequeno momento, em que tudo se conjugou como pensei. E que isso me dá um gozo do caraças... lá isso dá!

 

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A Sé de Lisboa e a providência divina

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Tenho uma memória muito ténue e distante de visitar a Sé de Lisboa com os meus pais e um amigos franceses, quando era miúdo. Deste então já por lá passei dezenas de vezes. De perto ou ao longe, é uma guardiã inevitável da paisagem da baixa lisboeta. Em todas essas vezes olhei para ela com um misto de sentimentos. Por um lado curioso em entrar, por outro temeroso dos magotes de turistas que se juntam nas imediações. Até porque, como quem lê este blog sabe, o excesso de turistas é a maior ameaça às minhas fotos...

 

No passado fim de semana, um dos meus passeios por Alfama, levou-me, inadvertidamente, até à Sé. Como tinha acabado de abrir, estava pouca gente e pensei - de hoje não passa! E afinal, depois de tanto tempo, parece que escolhi mesmo o dia ideal... Segundo me disse o funcionário da bilheteira dos claustros, daí a uns dias estes iriam encerrar para obras, previstas para durar um ano e meio. A ideia é que as escavações que põe a descoberto ruínas das eras romana e árabe, passem a ficar acessíveis a partir de um piso inferior, ficando cobertas pelo jardim que vai dar uma nova graça aos claustros. Também o museu vai ter uma muito necessária remodelação e restauro.

 

Estranhamente, não encontro notícias actuais sobre este encerramento, mas a confirmar-se escolhi, depois de tantos anos, o dia perfeito para esta visita. E nesse caso, aproveitem para ver estas fotos, que agora só daqui a algum tempo estas portas se voltarão a abrir. No entanto, a igreja e a impressionante sala do tesouro (que não se pode fotografar) manter-se-ão acessíveis ao público, por isso a Sé continuará sempre a merecer uma visita.

 

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A atracção do MAAT

No mês passado participei no Grande Prémio EDP. Uma corrida de 10 km, de Benfica aos Restauradores. O levantamento do dorsal da prova era feito no edifício da antiga central eléctrica, em Belém. Não levei máquina fotogáfica. A ideia era mesmo ir buscar o material num instante. Arrependi-me depressa. É impossível ficar indiferente ao MAAT. À fluidez das suas linhas e à maneira única como estas se deixam envolver pela luz de Lisboa. Não é por acaso que o post da minha primeira visita ao edifício da arquitecta Amanda Leteve continua a ser o mais visitado de sempre aqui do blog. E que oito das nove fotos mais vistas no meu instagram em 2017 sejam também do MAAT.

 

Não tinha máquina fotográfica... usei o telemóvel. Até acabou por ser bom. Acabei por fotografar de maneira muito diferente do que teria feito com a câmara.

 

Difícil foi mesmo escolher as fotos para este post... É que gostei de quase todas!

 

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