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O Tejo

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Morar junto ao rio, tem uma grande vantagem para quem gosta de tirar fotos. Inspiração não falta, e todos os dias há qualquer coisa que merece ser fotografada.

 

No dia 9 de Outubro foi assim...

 

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Era uma rua pouco engraçada. Não tinha vida, não tinha nada

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A rua Cândido dos Reis

 

Há uns anos,  a Câmara Municipal de Almada tomou a decisão, polémica na altura, de fechar ao trânsito a rua Cândido dos Reis, em Cacilhas, tornando-a numa zona pedonal. Ao mesmo tempo, ofereceu incentivos a quem recuperasse os imóveis, muitos deles em péssimo estado de conservação ou até abandonados.

 

Hoje a rua está sempre cheia de vida e animação, e no meio de alguns dos antigos restaurantes, que se mantiveram, apareceram hostels, lojas de artigos tradicionais e novos restaurantes de hamburguers, pizzas, sushi ou petiscos. Enfim, espaços para todos os gostos.

 

Emblemático desta renovação, é o edifício onde há vários anos se encontra uma mercearia, no número 102. Era um dos prédios arquitectonicamente mais horríveis da rua, e também um dos mais degradados. Agora é um dos mais "simpáticos" da rua. Não é o mais bonito, mas, da minha parte, ganha o prémio de melhor renovação de imagem. Devia ser um exemplo a seguir em muitos mamarrachos dos centros históricos por esse país fora.

 

As fotografias

 

Fazer este post foi mais complicado do que pensei. Quando tive a ideia, pensei que não ia ser possível de executar, porque não tenho fotos da rua, como era antes das obras. Lembrei-me, por acaso, de ir ver ao Google Maps. Cheio de sorte, o carro da Google passou lá em 2009, e tirei de lá as imagens de que precisava.

 

Depois fui tirar as fotos, da rua como é hoje. Cheguei a casa, e não se aproveitava nenhuma. Não que fossem más, mas porque não correspondiam minimamente às do Google Maps.

 

Nova abordagem. Passei as imagens do Google Maps para o telemóvel, e voltei à rua, no dia seguinte, para tentar recriar as mesmas perspectivas. Câmara numa mão, telemóvel na outra. O que também não foi fácil. A câmara do Google produz imagens com um "ângulo de visão" muito grande, que com a minha objectiva não consigo replicar. E este tipo de abordagem limitou bastante os enquadramentos e composições que podia fazer. Além disso tive de ir de manhã bem cedo, para não apanhar a rua cheia de pessoas, o que implicou, neste caso, que a luz também não foi a melhor.

 

Isto para dizer, que as fotos abaixo não me satisfazem, do ponto de vista da qualidade que tento apresentar, mas acho que consegui que servissem a sua função principal: mostrar o antes e o depois da rua Cândido dos Reis.

 

Cada imagem, na verdade, é uma galeria de duas imagens: Primeiro a do Google Maps, e carregando na seta, que aparece sobreposta do lado direito da foto, pode-se ver a foto da como a rua é agora.

 

 

Encontrar um gigante, logo de manhã

 

As deslocações entre casa e o trabalho são muitas vezes aborrecidas. Fazer o mesmo percurso, todos os dias, durante anos, acaba por se tornar algo monótono. E apesar da rotina, tenho a sorte de, pelo menos parte do percurso, consistir em atravessar o rio Tejo, o que, convenhamos, não é uma das paisagens mais desagradáveis para contemplar ao inícios e finais de dia.

 

E isto é mais verdade ainda em alguns dias especiais, que mesmo ao fim de alguns anos a fazer este percurso, ainda vão acontecendo com alguma regularidade. Como foi este dia, em que o pequeno Cacilheiro da Transtejo se cruzou com um grande navio de cruzeiros.

 

Por acaso, nesse dia, tinha levado uma GoPro, que ainda a estava a aprender a usar, e logo calhou apanhar esta bela cena matinal. Este foi o primeiro vídeo que editei, e agora um ano depois de o ter publicado no youtube, vejo que está um bocado longo demais. Mas mesmo assim são só 2 minutos, e achei que valia a pena partilhar aqui no blog.

O homem e o corvo marinho

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35 mm | 1/125 s |f 2.8 | ISO 200

 

Eu gosto de apanhar pessoas nas minhas fotos, mas como complemento ao que estou a fotografar, para dar contexto e escala. Quase nunca como motivo principal da fotografia. Nada contra esse tipo de fotografia, pelo contrário, muitos dos meus fotógrafos preferidos são exímios nessa arte. Só não é o estilo que eu mais goste de captar. Sobretudo porque sinto que me estou a intrometer na vida das pessoas, a captar um momento que é mais delas do que meu.

 

Mas há excepções a qualquer regra, e neste dia, pelo enquadramento da cena, pelo ar carismático deste homem, e quase que por impulso, apontei e disparei. Tão sem pensar, que nem tinha as definições da máquina prontas para captar o movimento, e como se nota, o homem ficou ligeiramente desfocado.

 

Quando ele passou por mim, pareceu-me que lançava um olhar reprovador, que aliás até se vê na foto. E quando logo de seguida parou a sua marcha e se virou para mim, temi que me fosse pedir para apagar a foto.

 

Mas sorriu, e apontou para o seu lado direito - "Está ali um corvo marinho. Aproveita que não é costume por aqui." - Desarmado pela simpatia sorri e agradeci, precipitando-me em direcção ao corvo, enquanto pensava que a objectiva que levava (16-35 mm) me ia obrigar a ter de chegar demasiado perto - "Se te aproximas ele foge" - disse ainda o homem, enquanto seguia o seu caminho.

 

Bem dito bem, bem feito. Assim que me aproximei, o corvo marinho foi também à sua vida.

 

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