Olhares sobre Lisboa
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Já tinha escrito aqui sobre Chicago, uma das cidades mais cosmopolitas, vibrantes e elegantes do mundo. A maior cidade do estado de Illinois é quase um museu a céu aberto, para qualquer amante de arquitectura. Estilos mais modernos e mais clássicos, convivem numa harmonia pouco comum. Chicago cresceu e pensou-se como poucas metrópoles. Cada edifício faz sentido onde está. Cada rua ou avenida encontra a próxima, numa lógica que nos faz pensar, só podia ser assim. Os monumentos reflectem, literalmente em alguns casos, a arquitectura que os rodeia.
É uma cidade onde se respira arte e cultura. Mas também onde os parques amplos e a relação privilegiada com o lago Michigan, ajudam a que em Chicago não se sinta a sensação de quase claustrofobia, que outras cidades americanas podem dar, fruto da grande densidade de construção. Existem inúmeras visitas guiadas dedicadas à arquitectura. Desde passeios de barco pelos canais que entram pela cidade, até visitas guiadas ao interior de vários edifícios. O museu de arte de Chicago tem também uma colecção fabulosa, que quase merece a viagem só por si. Sem dúvida uma cidade que deve estar muito alto nas listas de sítios a visitar, para qualquer viajante que se preze.
Ontem disse que as fotos de hoje eram normais?? Menti!!
Quando os meus pais me deram a minha primeira máquina fotográfica, passei por aquela fase em que tinha de experimentar todo o tipo de fotografia. Uma coisa que fazia muito eram experiências em casa, com vários tipos de objectos, luz e reflexos.
Com o tempo fui deixando essas brincadeiras. À medida que ia descobrindo o que gostava, fui mudando o meu foco. Mas olhando para trás, foi uma altura em que me diverti imenso e, sobretudo, em que aprendi muito sobre trabalhar com uma máquina fotográfica.
Este fim de semana lembrei-me desses tempos, e achei engraçado partilhar.
Aqui ficam fotos de...
... um pequeno candeeiro a pilhas...
... um CD salpicado com água...
... um candeeiro de fibra de vidro...
... uma espécie de "sátira social" (?????) com talheres (!?), fotografados por baixo da mesa da cozinha (!!!!!!)...
... a minha cadela através de um berlinde...
... um berlinde dentro de um copo, um berlinde nas costas de uma cadeira, um berlinde e uma chávena, um berlinde e um abat jour, um berlinde e uma... coisa (?)...
Às vezes as pessoas ficam chocadas quando digo que edito as minhas fotos. Como se de alguma maneira estivesse a trair a realidade do que fotografei. Mas a verdade é que todas as fotos são editadas (sim, mesmo as que vocês tiram).
As máquinas fotográficas, quando tiram uma foto, captam uma imagem "neutra", que qualquer pessoa acharia monótona ou sem vida (ou pior, que a máquina estava estragada). Todas as máquinas, seja uma profissional, uma pequena compacta, ou um telemóvel, aplicam uma série de processamentos às imagens. Aumentam a saturação, o contraste, o detalhe e calculam a temperatura (mais azul ou amarela) adequada à luz ambiente, para tornar a foto mais agradável à vista.
A diferença para quem se dedica mais a sério à fotografia, é que tipicamente se escolhe a opção em que a imagem final fica nesse formato neutro, sem qualquer processamento automático. Isso implica que todas as fotos precisam de ser editadas posteriormente, mas também que se tem muito mais controlo sobre o resultado final.
Tipicamente, o meu estilo passa por tentar captar a realidade daquilo que estava à frente da objectiva, ou pelo menos mostrar a cena como eu a percepcionei, como a "senti". Mas há dias em que gosto de experimentar abordagens completamente diferentes.
E se na maior parte dos casos essas experiências ficam só para mim, hoje apeteceu-me partilhar a edição que fiz a estas fotos do Glaciar Perito Moreno (Argentina).
Talvez tenha acontecido alguma coisa durante o fim de semana, que me tenha feito perder o sentido crítico, mas gostei bastante desta versão das fotos. Mesmo sendo uma versão extrema do que costumo fazer, de alguma maneira acho que capta a sensação de beleza quase surreal do glaciar.
Para comparação, a última foto é acompanhada da versão editada de maneira tradicional. E as fotos de amanhã já voltarão ao registo habitual. Está prometido.
Às vezes, dias de chuva são dos mais espectaculares para fotografar. Os contrastes são mais fortes, a luz mais dramática e os reflexos dão outra vida às paisagens urbanas. Só que nessas alturas, o mais normal é ficar em casa, não sair de máquina em punho para a rua...
Mas no dia em que fui ao MAAT, o tempo conspirou a meu favor, e enquanto esperava que a chuva abrandasse, tinha no Tejo, à minha frente, um cenário perfeito. E embora as fotos quase pareçam a preto e branco, nem precisei de as editar. A luz estava mesmo assim tão espectacular...
E agora em modo gif:
Morar junto ao rio, tem uma grande vantagem para quem gosta de tirar fotos. Inspiração não falta, e todos os dias há qualquer coisa que merece ser fotografada.
No dia 9 de Outubro foi assim...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.