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A minha história na Casa das Histórias

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Desde que foi inaugurada, já em 2009, que queria ir fotografar a Casa das Histórias Paula Rego. Afinal gosto imenso de de arquitectura, e não há assim tantos edifícios desenhados por um prémio Pritzker nas redondezas. Entretanto passaram sete anos, em que fui adiando a visita. Até que há uns dias, resolvi finalmente ir até Cascais..

 

Boa ideia, mau planeamento. Nem me passou pela cabeça que o museu pudesse ser vedado, pelo que quando lá cheguei, me deparei com um muro, e portões fechados. Era por ainda ser cedo - pensei eu - Vou ter de esperar que abram. E depois lembrei-me. Era uma segunda-feira. Os museus estão fechados.

 

A minha sorte foi os muros não serem altos. Pelo que, com recurso a algumas posições mais ou menos ridículas, pelo menos a avaliar pelos olhares divertidos que me lançavam algumas das pessoas que passavam, ainda consegui tirar algumas fotos. Algo limitadas nos enquadramentos, portanto, mas até fiquei satisfeito, dadas as circunstâncias.

 

Terei de lá voltar noutro dia, para tirar mais fotografias e, claro está, visitar a exposição.

 

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A Casa das Histórias Paula Rego, desenhada por Eduardo Souto Moura, acolhe uma exposição das obras da pintora Paula Rego, e outras exposições temporárias.

 

Encontra-se aberta de terça a domingo, das 10h às 18h (vou ter de anotar isto, para ver se não me esqueço...)

Viena

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Para terminar a viagem pela Áustria, nada como visitar a antiga capital do império Austro-Húngaro, Viena.

 

Vou ser sincero, e se calhar um pouco injusto. Fiquei algo desiludido com a cidade. Viena tem os seus edifícios e monumentos de grande riqueza arquitectónica, sem dúvida, mas talvez não tantos como pensei. Pode ser por ter vindo de Praga, uma das cidades com maior riqueza patrimonial do mundo. Se calhar não existem muitas cidades que pareçam bonitas logo depois de visitar a capital da República Checa. Além disso notam-se, mais do que pensava, os efeitos da tomada soviética da cidade ao regime Nazi, no final da Segunda Guerra Mundial. Mesmo no centro histórico, são vários os edifícos austeros e sem grande interesse, que nasceram onde os bombardeamentos russos deixaram destroços e ruinas.

 

Viena tem, no entanto, palácios monumentais, catedrais lindíssimas e museus fabulosos. Embora possa ter parecido demasiado negativo, que não fiquem dúvidas que é uma cidade que merece mesmo uma visita. Sobretudo com mais tempo, para aproveitar a grande oferta cultural que oferece. Só não vão a Praga primeiro.

 

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Um Tesouro Esquecido em Lisboa

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Ontem fiz o elogio à Tapada das Necessidades, para hoje deixei as coisas menos boas. Se o grande relvado, e os vários caminhos e espaços verdes da tapada se encontram bem cuidados, o mesmo não se pode dizer do seu património histórico. O atelier de pintura da Rainha D. Amélia, conhecido como Casa do Regalo, parece ter sido recuperado recentemente, e isso é um bom sinal, mas é quase caso único (apesar da estátua decapitada à entrada). 

 

A estufa impressiona à primeira vista, mas um olhar mais atento revela vários vidros partidos. Existem muros com enormes fendas, sujos com graffittis e a precisar de pinturas. Podem-se ver, em vários sítos, vasos de pedra partidos ou desmontados no chão, e fontes que em vez de água têm folhas e pedras.

 

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Existe ainda um antigo Jardim Zoológico, que nem tinha mencionado ontem. Mandado contruir por D. Fernando II, para os princípes D. Luís e D. Pedro, é classificado, pela Câmara de Lisboa, como Imóvel de Interesse Público, mas encontra-se num estado de conservação que deixa muito a desejar.

 

São seis pequenos edifícios, rodeados por gradeamentos de ferro, outora ocupados por aves raras, macacos e outros animais. Segundo notícias de 2011 o espaço ia ser recuperado brevemente, dando origem a um restaurante e um pequeno espaço de exposição sobre a rica história da Tapada das Necessidades. No entanto, até agora, só a vegetação parece ter tomando conta daquele lugar.

 

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Um Tesouro Escondido em Lisboa

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Já tinha visto a Tapada das Necessidades, centenas de vezes - sempre que atravesso a Ponte 25 de Abril, pelo menos - e nunca me tinha sequer passado pela cabeça visitá-la. Talvez por pertencer ao Palácio das Necessidades, sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, subconscientemente pensasse que não estava aberta ao público. Afinal encontra-se aberta todos os dias, como qualquer outro espaço verde da cidade. Só que não é um espaço verde qualquer. Os mais de 300 anos de história, fazem-se notar para além da frondosa vegetação, relvados e vários caminhos, mais ou menos escondidos. Além de fontes, pequenas cascatas, jardins de vegetação exótica e várias estátuas, destacam-se uma estufa circular e o pavilhão, mandados construir pelo Rei D. Carlos. Sobretudo a estufa impressiona, com a sua grande cúpula de vidro.

 

Este fim de semana, a tapada acolheu um festival de musica, o Lisboa Soa, e a estufa foi palco de alguns concertos, daí os instrumentos que se podem ver na última foto.

 

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No verão, a Tapada das Necessidades encontra-se aberta até às 19:00. Durante a semana abre às 8:30, e aos fins de semana e feriados às 10:00.

Era uma rua pouco engraçada. Não tinha vida, não tinha nada

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A rua Cândido dos Reis

 

Há uns anos,  a Câmara Municipal de Almada tomou a decisão, polémica na altura, de fechar ao trânsito a rua Cândido dos Reis, em Cacilhas, tornando-a numa zona pedonal. Ao mesmo tempo, ofereceu incentivos a quem recuperasse os imóveis, muitos deles em péssimo estado de conservação ou até abandonados.

 

Hoje a rua está sempre cheia de vida e animação, e no meio de alguns dos antigos restaurantes, que se mantiveram, apareceram hostels, lojas de artigos tradicionais e novos restaurantes de hamburguers, pizzas, sushi ou petiscos. Enfim, espaços para todos os gostos.

 

Emblemático desta renovação, é o edifício onde há vários anos se encontra uma mercearia, no número 102. Era um dos prédios arquitectonicamente mais horríveis da rua, e também um dos mais degradados. Agora é um dos mais "simpáticos" da rua. Não é o mais bonito, mas, da minha parte, ganha o prémio de melhor renovação de imagem. Devia ser um exemplo a seguir em muitos mamarrachos dos centros históricos por esse país fora.

 

As fotografias

 

Fazer este post foi mais complicado do que pensei. Quando tive a ideia, pensei que não ia ser possível de executar, porque não tenho fotos da rua, como era antes das obras. Lembrei-me, por acaso, de ir ver ao Google Maps. Cheio de sorte, o carro da Google passou lá em 2009, e tirei de lá as imagens de que precisava.

 

Depois fui tirar as fotos, da rua como é hoje. Cheguei a casa, e não se aproveitava nenhuma. Não que fossem más, mas porque não correspondiam minimamente às do Google Maps.

 

Nova abordagem. Passei as imagens do Google Maps para o telemóvel, e voltei à rua, no dia seguinte, para tentar recriar as mesmas perspectivas. Câmara numa mão, telemóvel na outra. O que também não foi fácil. A câmara do Google produz imagens com um "ângulo de visão" muito grande, que com a minha objectiva não consigo replicar. E este tipo de abordagem limitou bastante os enquadramentos e composições que podia fazer. Além disso tive de ir de manhã bem cedo, para não apanhar a rua cheia de pessoas, o que implicou, neste caso, que a luz também não foi a melhor.

 

Isto para dizer, que as fotos abaixo não me satisfazem, do ponto de vista da qualidade que tento apresentar, mas acho que consegui que servissem a sua função principal: mostrar o antes e o depois da rua Cândido dos Reis.

 

Cada imagem, na verdade, é uma galeria de duas imagens: Primeiro a do Google Maps, e carregando na seta, que aparece sobreposta do lado direito da foto, pode-se ver a foto da como a rua é agora.

 

 

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