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A todo o GÁS!

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Cobleskill é uma daquelas pequenas cidades insuspeitas, dos filmes americanos, em que as maiores atribulações acontecem. E como num desses filmes, foi um golpe do destino que lá nos levou.

 

Tinhamos saído de carro de Chicago, passado por Detroit, e por Toronto, e agora iamos para a costa este, rumo a Boston. Das cataratas do Niagara, de onde saímos, até ao destino, são quase 900 km, e esta foi a única etapa da viagem em que não planeámos completamente. Tinhamos pensado que provavelmente não iriamos fazer tudo de uma vez só, mas não tinha ficado definido. Nem quando nos fizemos à estrada, no carro que tinhamos alugado para esta aventura. Se estivéssemos demasiado cansados, dormíamos algures a meio do caminho.

 

A cerca de dois terços da viagem, com a neve a não dar tréguas, reparámos que o ponteiro da gasolina estava a descer ainda mais que o da temperatura. Nada de preocupante, o GPS tinha a indicação dos postos de combustível. Primeiro posto, falhámos a saida. Não faz mal, havia outro, umas dezenas de km mais à frente. Estava fechado. Com a gasolina na reserva já há algum tempo, demasiado tempo, o GPS não dava indicações de postos próximos. Claro que para ajudar, a neve era soprada cada vez com mais força, a estrada parecia cada vez mais escura e estreita, e carros já nem se viam, em qualquer dos sentidos. E não sei se mencionei. Deviam ter para aí 1 ou 2 da manhã.

 

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Eis que, qual oasis no meio do deserto, surge a placa "Cobleskill". Uma cidade! Estamos safos! Com o carro já a funcionar à base de fumos e boa vontade, vislumbrámos ao longe a palavra mágica "GAS".

 

Finalmente! Parámos o carro e dirigimo-nos à funcionária da bomba, do outro lado do vidro. Sorriso nos lábios. Estávamos salvos! 

 

"Please, can we put some gas?"


"No. This station is closed."

 

"But we came from so far, please let..."

 

"GO AWAAAAY. I'LL CALL THE POLICE. GO AWAAAAAAAAAY. GO AWAAAAY. I'LL CALL THE POLICE. GO AWAAAAAAAAAY".

 

Afinal ainda não. Não iamos por gasolina.

 

Mas nem tudo correu mal. Ainda tivémos a lucidez para olhar à volta. Mesmo ao virar da esquina, havia um hotel. Milagre dos milagres, uma cama, finalmente! 

 

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No dia a seguir, já descansados, e com o posto de gasolina aberto, entrámos no carro. Finalmente podiamos abastecer.

 

Volta à chave, na ignição. Já não pegava. Não faz mal. O hotel ficava num alto, e para descer a gravidade serve. E... abastecemos o carro!

 

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Rumo a Boston!

 

Pelos Alpes Austríacos - Innsbruck

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Depois das colinas de Lisboa, de volta às montanhas da Áustria, agora à capital do Tirol, Innsbruck. Cidade no vale do Inn, dividida pelo Rio Inn, e um sítio muito in para fazer ski no Inverno. Eu fui no Verão, altura do ano em que o desporto de eleição passa a ser o montanhismo. Percebe-se bem porquê, já que a cidade é rodeada por montanhas de cortar a respiração.

 

Mas Innsbruck é também a cidade mais importante do oeste da Áustria, cultural e economicamente. No Verão existem concertos ao ar livre, recriações históricas e outros eventos, sobretudo na praça principal, onde se situa um dos edifícios mais emblemáticos da cidade, uma casa com um "pequeno" telhado de ouro. Ao andar pelas ruas do centro histórico, quase parece que estamos numa daquelas cidades de brincar, dos modelos de comboios eléctricos. É tudo tão harmonioso, tão "arrumado", tão bem enquadrado pela paisagem envolvente, e ao mesmo tempo tão carregado de história. Dá a sensação que, por aqui, o passar do tempo só veio dar à cidade cada vez mais beleza e complexidade.

 

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Alfama - Santo Estevão

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O post de ontem já ia longo, sobretudo no número de fotos, por isso deixei para hoje as fotos daquele que é o meu recanto preferido de Alfama. O miradouro de Santo Estevão, junto à igreja do mesmo nome, é provavelmente um dos menos conhecidos de Lisboa. É um espaço simples, mas a vista sobre os telhados que descem em escada até ao rio não fica nada atrás daqueles que são mais frequentados. Além disso ganha a qualquer outro na tranquilidade da envolvente. Não há estradas nem carros. E mesmo pessoas só muito de vez em quando. Por baixo do miradouro fica uma das jóias escondidas da cidade, uma pequena fonte decorada a azulejos. Infelizmente já viu melhores dias, sem dúvida que já merecia um restauro.

 

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Alfama - Uma aldeia de Lisboa

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Lisboa dificilmente se poderá comparar a outras cidades europeias, na sua monumentalidade. Claro que o Mosteiro dos Jerónimos ou a Torre de Belém são edifícios impressionantes pela sua beleza arquitectónica, mas o que torna a capital uma cidade verdadeiramente especial são os seus bairros históricos. Da Baixa até à Graça, passando pela Mouraria ou Alfama, são estas aldeias dentro da cidade, que dão a Lisboa a sua identidade única.

Certamente que todos têm os seus encantos, e merecem uma visita. Mas Alfama, para mim, tem uma magia muito especial, e é o meu sítio preferido da cidade. Gosto de passar por lá com alguma regularidade, e como já não ia há alguns meses, este Sábado matei saudades (embora nem todas as fotos deste artigo sejam deste fim de semana).

 

Um passeio por este bairro, nunca é igual, e há sempre surpresas a descobrir, por mais vezes que deambule pelas suas ruas labirínticas, onde luz matinal tropeça a medo nas pedras da calçada, para entrar de rompante nas ruelas estreitas, onde por vezes o tempo parece não ousar passar. Ruas apertadas, onde só passa uma pessoa, que vão dar a palacetes de contos de fadas, fontes e painéis de azulejos que contam séculos de histórias.

E se algumas ruas parecem quase indiferentes ao avançar da civilização, outras renovam-se, seja através de inspiradas intervenções de arte urbana, seja através da criatividade mais ou menos tresloucadas dos seus habitantes. Também as decorações dos Santos Populares, teimam em resistir, dando o seu alegre contributo.

 

Muitas das pessoas que conheço, moram em Lisboa e nunca foram a Alfama. Aliás sempre que por lá passo, além dos habitantes, quase só se vêm turistas estrangeiros. Gostava que estas fotos levassem alguns Lisboetas a descobrir aquele que parece ainda ser um segredo bem guardado. Mas não podem é ir todos ao mesmo tempo. Em algumas ruas não cabem todos...

 

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Lavadouro Público

 

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 Obra da artista Ana Cristina Dias

Pelos Alpes Austríacos - Salzburgo

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Deixando a região dos lagos, rumo à capital do distrito, património da humanidade desde 1996. Banhada pelo rio Salzach, Salzburgo é a terra natal de Mozart, e a sua presença faz sentir-se a cada esquina. Tipicamente a fazer publicidade a produtos com a sua imagem ou até a bombons. Teriam dado jeito ao compositor, que tinha dificuldade em sustentar o seu estilo de vida, este tipo de contratos publicitários. Outros tempos...

 

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Mas a cidade é muito mais que Mozart, ou o cenário de Música no Coração. Saltam imediatamente à vista as várias cúpulas das suas igrejas barrocas, de onde se destaca a catedral, e a altiva fortaleza de Hohensalzburg, que pela sua posição priveligiada, parece vigiar todos os nossos passos.

 

Infelizmente, foi uma curta passagem por esta cidade, e muito ficou por ver. O dia chuvoso também não ajudou. Não chegou para esconder o charme de Salzburgo, mas certamente não ajudou a que tirasse mais fotografias. Talvez numa próxima visita.

 

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Herdade da Mourisca

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Situada em plena Reserva Natural do Estuário do Sado, a Herdade da Mourisca encontra-se numa região de sapal e salinas, e serve de habitat a várias espécies de aves.

 

As várias comportas e canais, que em tempos controlaram o caudal do Sado, para permitir o cultivo de arroz, ainda podem ser observados, embora tenham sido abandonados há muito. Melhor sorte teve o Moinho de Maré da Mourisca, recuperado da ruína pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e explorado pela Câmara Municipal de Setúbal como um pequeno núcleo museológico.

 

A Herdade é visitável todo o ano, embora o museu tenha horários diferentes, conforme a época do ano. 

 

Mas não foi, claramente, a preocupação com horários que me fez levantar às 6h, numa manhã de Domingo, para tirar estas fotos do nascer do Sol. Mesmo assim não fui o único que teve essa ideia. Quando cheguei já lá estavam vários fotógrafos, a ocupar os melhores lugares (gente maluca como se pode ver aqui).

 

Quanto às fotografias, a primeira deste post, é um panorama criado aparir de seis fotos horizontais, e a foto seguinte foi a única em que usei tripé (foi logo a primeira que tirei, depois o Sol começou a querer espreitar, e deixei essas experiências para outro dia).

 

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Aqui no blog já tinha mostrado algumas fotos da Mourisca, e do mini porto palafítico que lá existe, mas ainda ficaram algumas por mostrar. Mas ficarão para outro post.

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