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O olhar da Cátia sobre as minhas fotos

 

IMG_0600 (1).jpg

 

Há algumas semanas, a Cátia do blog Em busca da felicidade, surpreendeu-me ao enviar uma história da sua autoria, imaginada a partir de uma fotografia minha. Uns dias depois, foi a C.S., do Há mar em mim,  que gostou tanto de uma foto que publiquei no instagram, que decidiu escrever uma história que a acompanhasse. Sobretudo senti-me incrivelmente lisonjeado que alguém veja algo que fotografei e se sinta inspirado a criar uma história à sua volta. 

 

Daí começou a nascer uma ideia... Tinha piada fazer disto uma rubrica recorrente! E por isso deixo aqui o convite, a todos os que por aqui passam. Dêem uma vista de olhos pelo meu instagram. Se se sentirem inspirados a escrever uma história de ficção, a partilharem um episódio da vossa vida, ou simplesmente a explicarem porque gostam de uma determinada foto, enviem-me a vossa participação para o meu email (joaoandreqff@gmail.com). Depois irei publicando aqui no blog.

 

Para lançar esta rubrica, relembro aquele que se veio agora a tornar o texto inaugural desta rubrica. O conto que a Cátia escreveu depois de ver a foto que ilustra este post:

 

 

Debaixo da velha arvore os dias nascem e terminam com a mesma beleza. Levo a máquina comigo e disparo a cada imagem que me prende a atenção. O silêncio permite-me a concentração necessária para me perder na beleza simples que me rodeia. De fininho aproxima-se um gato tartaruga, daqueles com manchas laranjas. Meigo e curioso aproxima-se da minha optica, eu: disparo. Capto a imagem da curiosidade inocente de um felino que conhece a vida pela calma que ela tem. Roça-se nas minhas pernas e sem aviso troca-me por outras atenções. Vejo-o subir em direção a uma menina; o cabelo num rabo de cavalo daqueles que se fazem nas manhãs sem escola. Veste uma blusa simples e uns calções escolhidos pela mãe que não está preocupada esta manhã. Não gastou tempo com as cores que condizem. Vão só beber café e a menina, essa vai andar às voltas com o gato do senhor do Zé.
A menina procura-o com os olhos. Não o encontra.
Ele já a viu. Já sentiu a presença daquela que o afaga nos dias de descanso. Nos dias em que ela lá volta ele é mais feliz.
Aproxima-se manso da sua pequena amiga, aquela que lhe estende a mão para a festa de cumprimento. Cabeça baixa, mostra que a conhece, que lhe tem saudades.
Ele baixa-se para o cumprimentar mais perto. Talvez um cumprimento que apenas menina e gato conhecem.
Eu disparo. Guardo o momento com a optica da minha máquina. Penso na história por detrás de cada imagem. Lembro-me que a vida é feita de momentos felizes e de como é bom saber guarda-los para recordar.

 

 

Para a semana há um novo conto. Desta vez da autoria da C.S. Para participar, escolham uma fotografia no meu  instagram e enviem o vosso texto para joaoandreqff@gmail.com.

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