Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Museu Berardo - Uma sugestão para o fim de semana

F03F3504-77CE-41DB-85FF-D3371D18134D.jpeg

 

Quando era miúdo, tive a sorte de os meus pais me levarem a várias exposições no Centro Cultural de Belém. Tanto assim que quando o Museu Berardo se instalou definitivamente no CCB, tive alguma pena. De certa maneira, senti que se podia estar a perder um espaço de que tenho boas recordações. Não por ter falta de interesse na colecção de arte que lá se instalou, ter uma das melhores colecções mundiais de arte moderna e contemporânea em Lisboa é sempre um privilégio. Foi sobretudo por temer que se perdesse o CCB como um dos melhores espaços culturais de Lisboa.

 

Felizmente isso não aconteceu. Têm sido muitas as exposições de qualidade que por ali têm passado. Seja no Museu Berardo, ou nos espaços da própria Fundação Centro Cultural de Belém. Basta ver o exemplo da recente exposição dedicada ao fotógrafo Fernando Guerra, que decorreu na Garagem Sul do CCB.

 

No entanto, hoje queria aproveitar que se aproximam dois fins de semana prolongados, para vos dar a conhecer as exposições temporárias, que tive a oportunidade de visitar a semana passada, no Museu Berardo. É a prova que aquele espaço, que me lembro deste criança, continua a ter exposições que merecem mesmo uma visita. A começar por uma excepcional exposição de fotografia, que não posso recomendar o suficiente.

 

LU NAN - O homem e a obra

 

IMG_5321.jpg

 

Não conhecia Lu Nam, um fotógrafo chinês da famosa agência Magnum. Imperdoável, porque nos últimos dias, desde que vi esta exposição, o meu pensamento tem voltado uma e outra vez aquelas imagens.

 

Captadas ao longo de 15 anos, estão divididas em três séries distintas. A primeira mostra o ano que Lu Nan passou a fotografar um hospital psiquiátrico. É a série mais difícil, pela crueza e força do seu conteúdo. Mas impressiona igualmente pela beleza e naturalidade com que essa realidade tão austera e chocante foi captada pela sua lente. Nas outras duas, o fotógrafo acompanha as comunidades católicas de zonas rurais recônditas da China e a vida quotidiana do Tibete.

 

São três séries que me tocaram profundamente. Pela sublime beleza das imagens que me fizeram viajar por situações e momentos tão particulares daquele país e daquele tempo específico, ao mesmo tempo que me levaram a olhar para mim mesmo, e reconhecer ali algo de tão universal e primitivo. No fundo somos nós ali retratados. Nús, belos, frágeis, corajosos, cruéis. Humanos.

 

A trilogia de Lu Nam encontra-se no Museu Berardo até 14 de Janeiro de 2018. Marquem nas vossas agendas. É mesmo imperdível.

 

IMG_5324 (1).jpg

IMG_5328 (1).jpg

IMG_5346.jpg

IMG_5350.jpg

 

Sharon Lockhart, Meus Pequenos Amores

 

É uma pequena exposição, com uma mão cheia de fotografias, mas deixou-me a querer conhecer melhor o trabalho de Sharon Lockhart. 

 

A exposição pode ser visitada até 28 de Janeiro de 2018.

 

IMG_5316 (3).jpg

IMG_5317.jpg

 

Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz

 

Uma selecção de pintura e esculta desta coleção de arte brasileira. Não conhecia nenhum dos autores expostos, admito, mas gostei bastante de vários dos trabalhos. Sobretudo de como a colecção se encontra disposta, criando uma interação muito bem conseguida entre as obras e o espaço de exposição.

 

Pode ser visitada até ao dia 11 de Fevereiro de 2018.

 

IMG_5297.jpg

IMG_5277.jpg

IMG_5292.jpg

IMG_5304.jpg

IMG_5274.jpg

 

 

O bilhete para o Museu Berardo tem o preço de 5€ e dá acesso também às exposições temporárias. Aos Sábados a entrada é gratuita.

 

Agradeço ao Museu Berardo o convite que, tão amavelmente, me foi endereçado.

 

 

 Podem seguir as minhas fotos no Instagram, no Facebook ou subscrever os post por email, no fundo da página.

 

O olhar da Travellight sobre as minhas fotos

IMG_3034 (1).jpg

IMG_1414.jpg

IMG_1465.jpg

 

Há uns dias coloquei aqui estas três fotos de animais. Um gato, um cavalo e um cão. Só por piada lancei um desafio. Que alguém escrevesse uma fábula baseada nas três fotografias. Foi só uma brincadeira, nunca pensei que alguém enviasse mesmo um conto... E não é que a Travellight me escreveu mesmo uma história!? 

 

Se ainda não conhecem o blog dela (acho altamente improvável), façam a viagem até ao The Travellight World e descubram que parte do mundo a Travellight nos vai mostrar hoje!

 

Mas antes disso, leiam o que ela me escreveu:

 

 

Florença - Era uma vez... ... um gato pachorrento, um cão desconfiado e um cavalo a fazer poses para a foto

 

Zitto, o gato, olhava pachorrento para a bela Florença enquanto o sol se punha e mergulhava a cidade na penumbra. O dia tinha sido longo, como eram todos os seus dias.
Não era fácil a vida de um gato de rua, mas ele não se queixava.

A comida nem sempre era certa mas os turistas que enchiam Florença ajudavam muito. Era só aproximar-se de uma das esplanadas à hora das refeições, fazer aquele olhar doce - que ele tinha bem treinado - dar uma pequena turrinha na perna de uma turista desavisada e pronto! Começavam os ahhhh e os ohhhh, e a a comida a cair à sua volta 😺.

Zitto gostava de viver na cidade. Tinha aqui os seus amigos, o mais improvável dos quais era o cavalo Victorio.
Tinham-se conhecido era Zitto ainda um gatinho.

Na verdade Victorio salvara a sua vida…

Ele e os seus irmãos tinham sido retirados à sua mãe, por uma alma cruel, e deixados fechados dentro de um saco para morrer.
Victorio, o cavalo que, todos os dias orgulhosamente percorria a cidade com uma bonita carruagem, ouviu numa das paragens que fazia para descansar, o fraco miado dos pequenos.

Curioso aproximou-se e tentou perceber de onde vinha o som. Logo descobriu o saco escondido a um canto escuro de um beco sujo.

Agarrou nele e entregou-o a Benito, o condutor da carruagem, relinchando e batendo com as patas no chão para explicar a urgência da situação.

Benito era um bom homem e um grande amigo dos animais a quem tratava com respeito. Rapidamente abriu o saco e deparou-se com o horror de 4 gatinhos mortos. Da ninhada só um tinha sobrevivido - Zitto.

A filha de Benito cuidou bem do gatinho e ele recuperou. Passado um tempo já corria e brincava com tudo o que mexia, principalmente com Victorio, que o apadrinhou e o deixava trepar pelas suas pernas para ele poder dormir em cima do seu dorso.

Tinha Zitto um ano quando Benito morreu e a sua filha teve de vender Victorio e imigrar. O gato foi parar à rua mas a amizade com o cavalo manteve-se forte e todos os dias encontravam-se para trocar histórias.

Enquanto Victorio comia e posava para as fotos dos turistas, como aquele Português simpático, chamado João, que tentava apanhar o seu melhor ângulo, Ziito contava-lhe como tinha arreliado Rocco, um cão desconfiado e psicótico que pertencia a uma Inglesa recém chegada a Florença.

O pobre cão ainda não se tinha adaptado à vida em Itália e achava os locais demasiado intrusivos, sempre a tentar fazer-lhe festas e a falar muito alto. Era um inferno, não havia respeito! E depois, como se tudo isso não bastasse, ainda tinha Zitto a atazanar-lhe a vida.

Todos os dias, depois da sesta da manhã, o gato ficava à espera da hora em que a Inglesa ia tomar o pequeno almoço no café em frente a sua casa para irritar Rocco que tinha de ficar à porta do estabelecimento. Era a sua diversão preferida! Era hilário ver como o cachorro perdia a cabeça e chamava pela dona 😸.

Victorio repreendia-o mas no fundo sabia que ele não fazia por mal, apenas queria brincar um pouco com aquele cão mimado. Algo no fundo do seu coração dizia-lhe que com o tempo, Rocco e Zitto se tornariam bons amigos.

… E era assim que passavam os seus dias em Florença, um gato pachorrento, um cão desconfiado e um cavalo que gostava de posar para fotos.

 

Obrigado Travellight !

 

 

Estou a contar com as vossas participações! Para se inspirarem dêem uma vista de olhos pelo meu instagramEscrevam uma história de ficção, sobre um episódio da vossa vida, ou simplesmente sobre para onde a mente vos faz viajar. Enviem-me a vossa participação para o meu email (joaoandreqff@gmail.com) e irei publicando aqui no blog.

 

Florença - A Ponte Vecchio

IMG_1497.jpg

 

Conta a lenda que o próprio Hitler deixou ordens expressas para que a Ponte Vecchio fosse poupada, aquando da retirada das tropas alemãs, em 1944. Certo é que todas as outras pontes que cruzavam o rio Arno foram destruídas, enquanto a Vecchio foi bloqueada com a destruição de edifícios já nas margens do rio, escapando assim praticamente ilesa à Segunda Guerra Mundial. Esta é apenas uma de muitas histórias fascinantes sobre esta ponte. O que não é de admirar, para uma estrutura que foi construída 600 anos antes, em 1345, numa cidade que foi um dos centros políticos e culturais da Europa.

 

Um pormenor particularmente curioso sobre esta ponte, que passa despercebido a quem a visita, é que no topo dos edifícios que se erguem num dos lados do tabuleiro, existe um longo corredor, que se estende para lá da ponte, ligando o Palácio Pitti ao Palácio Vecchio. O Corredor de Vasari, que a família Medici mandou construir no século XVI, permite a deslocação em segurança entre aquela que era a residência dos Medici e a sede do governo da cidade. O corredor encontra-se em obras e para o ano abrirá pela primeira vez ao público para visitas regulares.

 

IMG_1490.jpg

 

IMG_1622.jpg

 

IMG_2397.jpg

 

Engraçado foi também descobrir que, inicialmente, as lojas de ambos os lados da ponte albergavam exclusivamente talhos e peixarias. Depois da construção do corredor Vasari, a família Medici, baniu estas actividades. Parece que o cheiro nauseabundo que invadia o espaço não era condizente com os nobres narizes da família mais poderosa de Itália. Foi assim que desde o século XVI a ponte passou a ser ocupada exclusivamente por ourives.

 

É precisamente um mestre ourives que está imortalizado na estátua que se ergue no centro da ponte, numa zona onde os turistas aproveitam para fotografar a vista desafogada que o rio Arno proporciona sobre a cidade.

 

IMG_1562.jpg

IMG_1575.jpg

 

IMG_2404.jpg

 

Uma vista que tive a oportunidade de ver - e fotografar - várias vezes, durante os dias que estive em Florença. Embora as minhas fotos favoritas tenham sido tiradas logo no primeiro dia. Ficámos a ver o pôr do Sol na ponte Santa Trinita e fomos brindados por uma luz incrível. Aquele azul eléctico com que fica o céu quando, em dias limpos, o dia começa a chegar ao fim. Até a lua cheia fez questão de abrilhantar a nossa chegada.

 

IMG_1699.jpg

  

 Podem seguir as minhas fotos no Instagram, no Facebook ou subscrever os post por email, no fundo da página.

 

 

A escada que demorei oito anos a fotografar

IMG_5430.jpg

 

Em 2009, no Centro Cultural de Belém, tirei uma fotografia às escadas que descem até ao piso das exposições temporárias. A curva do corrimão chamou-me à atenção. Contorce-se elegantemente, guiando o olhar ao longo das escadas. Quis apanhar alguém no enquadramento, mas não fui a tempo e a pessoa ficou cortada. A foto não ficou nada bem. Se calhar foi azar. Ou talvez tenha sido porque, nessa altura, era mais difícil para mim transformar numa imagem aquilo que instintivamente atraia o meu olhar. Desde que tirei essa foto, pensei várias vezes que um destes dias havia de voltar a tentar.

 

Calhou que esse dia fosse ontem. Oito anos depois, voltei ao CCB. Ainda não ficou exactamente como queria. Mas está muito mais próximo do que tinha pensado na altura. Talvez tente novamente. Quem sabe se daqui a oito anos...

 

 

 Podem seguir as minhas fotos no Instagram, no Facebook ou subscrever os post por email, no fundo da página.

 

O olhar da Rita sobre as minhas fotos

IMG_6648 (2).jpg

  

Descobri o blog da Rita da Nova há pouco tempo, mas passou rapidamente a fazer parte das minhas leituras diárias. Por lá, a Rita fala dos seus livros, dos seus restaurantes preferidos, das pessoas da sua vida. E sei de fonte segura (porque tenho um amigo que já participou) que dá uns workshops de escrita criativa muito divertidos.

 

Na história que escreveu, a Rita fala de uma infância vivida num Cais do Sodré que quase já não existe. Depois de ler, é fácil perceber porque escolheu esta minha fotografia como ponto de partida. O momento que captei parece conseguir captar um bocadinho dos dois mundos que ainda ali coexistem.

 

Aqui fica a história da Rita da Nova:

 

 

Meio quilo de lote Palace em grão. Meio quilo de lote Palace em grão. Meio quilo de lote Palace em grão.


Eu subia a Rua do Alecrim enquanto repetia mentalmente estas palavras, para não me esquecer do pedido da minha Avó. Cheirava-me a café ainda antes de chegar à Carioca, na Rua da Misericórdia.


Queres que te escreva num papel? Perguntava-me antes de sair, já sabendo a minha resposta. Não. Óbvio que não. Eu já era crescida e sabia o que fazia - desde que não estivesse muita gente para ser atendida, caso contrário o risco de não me lembrar do café que era preciso comprar era maior. A minha Avó nunca pedia para o moerem na loja, preferia fazê-lo em casa, mesmo antes de o colocar na máquina de filtro. Eu também gostava que ela fizesse dessa maneira, porque podia roubar um ou dois grãos para trincar.


Cresci assim, a subir e a descer a Rua do Alecrim. Entre o amplo Largo do Camões e as ruas mais estreitas do Cais do Sodré. Fazia recados à minha Avó, ia buscar-nos o lanche e, em dias de chuva, passava recibos lá no consultório em que ela trabalhava. Acho que foi nessa altura que me apaixonei por Lisboa - eu tinha liberdade e tempo para a descobrir e a cidade, na altura, tinha mais espaço para mim.


Naquela zona, só o Cais do Sodré me assustava. Não era como é hoje, cheio de ruas animadas, restaurantes com filas à porta e ruas pintadas de cor-de- rosa. Era sujo, cheirava mal e tinha pessoas com muito mau aspecto. Aos poucos, a minha Avó começou a levar-me até lá para conhecer as lojas e as pessoas da Rua de São Paulo. A maioria já nem sequer existe, mas gosto sempre de as recordar quando lá passo.


Ela ensinou-me esta parte de Lisboa da mesma forma que se ensinam outras coisas às crianças. Aprendi os nomes das ruas, porque é que devia ir a uma loja e não a outra (apesar de ambas venderem a mesma coisa), quais as áreas que devia evitar. Agora que penso nisso, conheço esta parte da cidade como a palma das minhas mãos e essa é a maior herança que a minha Avó alguma vez me vai deixar.

 

 

Obrigado Rita!

 

Estou a contar com as vossas participações! Para se inspirarem dêem uma vista de olhos pelo meu instagramEscrevam uma história de ficção, sobre um episódio da vossa vida, ou simplesmente sobre para onde a mente vos faz viajar. Enviem-me a vossa participação para o meu email (joaoandreqff@gmail.com) e irei publicando aqui no blog.

O Terminal de Cruzeiros... e a ingenuidade dos meus 33 anos

IMG_5225 (1).jpg

 

Desde que vi o projecto do novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa, que ando em pulgas para o ir fotografar. Fui assistindo, com expectativa, aos avanços do edifício projectado pelo arquitecto Carrilho da Graça, assim como aos sucessivos atrasos da obra. Finalmente, na semana passada, o terminal foi inaugurado. Na televisão e nos jornais, aparecem António Costa e Fernando Medina, sorridentes, junto à placa que assinala a data. E eu, ingénuo que sou, levantei-me cedo neste Domingo, feliz da vida, para ir fotografar o Terminal de Cruzeiros.

 

Só que não!

 

Porque me deparo com o seguinte cenário:

 

IMG_5230.jpg

IMG_5231.jpg

IMG_5235.jpg

IMG_5236.jpg

 

Eu sei, eu sei. Já tenho 33 anos, devia saber melhor... Neste país uma inauguração não quer dizer que uma coisa está pronta. Mas eu acredito no que me dizem. Sou ingénuo... e depois dá nisto! 

 

Pronto, nem tudo é mau. Um passeio matinal junto ao rio tem sempre o seu encanto. E pelo que consegui ver, de longe, esta é mesmo mais uma obra que vem beneficiar a cidade e a frente ribeirinha. Daqui a umas semanas volto a passar por lá. Fiquem a aguardar novidades...

 

IMG_5229.jpg

IMG_5227.jpg

 

 Podem seguir as minhas fotos no Instagram, no Facebook ou subscrever os post por email, no fundo da página.

 

 

Pág. 1/3

Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2017
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2016
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2015
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2014
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2013
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2012
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2011
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.