Carrasqueira
Algumas das fotos que tirei na Carrasqueira. Agora sem cão.
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Algumas das fotos que tirei na Carrasqueira. Agora sem cão.
É quase imperdoável que eu nunca tivesse ido à Carrasqueira, afinal é perto de casa, e um dos sítios mais fotografados de Portugal, devido ao famoso porto palafítico, único no país.
Talvez para honrar a minha tão aguardada visita, tinha à minha espera um comité de boas vindas, composto por este simpático cão. Ou então era um oportunista à procura de fama e de exposição mediática neste blog.
A verdade é que enquanto andei a fotografar este barco, não me largou, e sempre que apontava a objectiva na sua direção, lá vinha ele fazer pose.
E eu lá lhe fiz a vontade.
Esta semana precisei de ir ao Parque das Nações, e como cheguei antes da hora do meu compromisso, acabei por aproveitar para tirar umas fotos, para fazer tempo.
Não tinha levado a máquina, mas a gare do oriente não precisa de muito para ficar bem nas fotos. O edifício de Santiago Calatrava é um dos mais bonitos da cidade de Lisboa, e os seus contrastes de luz, formas e materiais facilitam muito a tarefa, por isso o telemóvel serviu.
Tenho de lá voltar com a máquina fotográfica, por aqueles lados há muito que fotografar, sobretudo para quem gosta de fotografia de arquitectura.
35 mm | 1/125 s |f 2.8 | ISO 200
Eu gosto de apanhar pessoas nas minhas fotos, mas como complemento ao que estou a fotografar, para dar contexto e escala. Quase nunca como motivo principal da fotografia. Nada contra esse tipo de fotografia, pelo contrário, muitos dos meus fotógrafos preferidos são exímios nessa arte. Só não é o estilo que eu mais goste de captar. Sobretudo porque sinto que me estou a intrometer na vida das pessoas, a captar um momento que é mais delas do que meu.
Mas há excepções a qualquer regra, e neste dia, pelo enquadramento da cena, pelo ar carismático deste homem, e quase que por impulso, apontei e disparei. Tão sem pensar, que nem tinha as definições da máquina prontas para captar o movimento, e como se nota, o homem ficou ligeiramente desfocado.
Quando ele passou por mim, pareceu-me que lançava um olhar reprovador, que aliás até se vê na foto. E quando logo de seguida parou a sua marcha e se virou para mim, temi que me fosse pedir para apagar a foto.
Mas sorriu, e apontou para o seu lado direito - "Está ali um corvo marinho. Aproveita que não é costume por aqui." - Desarmado pela simpatia sorri e agradeci, precipitando-me em direcção ao corvo, enquanto pensava que a objectiva que levava (16-35 mm) me ia obrigar a ter de chegar demasiado perto - "Se te aproximas ele foge" - disse ainda o homem, enquanto seguia o seu caminho.
Bem dito bem, bem feito. Assim que me aproximei, o corvo marinho foi também à sua vida.
... mas podia ser pior. Podia ser como o de Londres
Estas fotos foram tiradas no dia anterior às do último post.
Atraíram-me os contrastes provocados pelo contra luz, e a atmosfera dada pelo fumo dos assadores de castanhas.
Escolhi uma abertura relativamente pequena da lente, para ter os vários planos focados, uma vez era também esta a sequencia de "camadas" que traria vida às imagens que eu queria captar.
São condições difíceis de fotografar, e a verdade é que não fiquei particularmente satisfeito com nenhumas das fotos. Todas têm elementos de que gosto bastante, mas é difícil conjugá-los e obter uma foto que ao mesmo tempo tenha uma composição forte mas limpa.
Acho que, essencialmente, servem como "rascunhos" para a foto que ainda ficou por tirar.
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